Sociedade

68% das pessoas pagariam a mais para ter o Rio Tietê despoluído

Se os projetos arquivados de despoluição e reurbanização das margens dos principais rios da capital paulista (e possíveis usos destes afluentes como hidrovias) fossem colocados em prática – o primeiro projeto é de Jânio Quadros –, os paulistanos teriam, indiscutivelmente, mais qualidade de vida. Segundo pesquisa realizada pelo Grupo ZAP Viva Real, 68% dos entrevistados aceitaria pagar alguma contribuição mensal (21% até R$ 5; 25% de R$ 10 a R$ 20; 22% acima de R$ 20) para o melhor cuidado do rio Tietê. Os outros 32% entendem que a despoluição deve ser financiada pelos impostos já pagos pelos contribuintes.

Além de oferecer mais bem-estar (92% dos respondentes afirmam se incomodar com o odor e coloração dos rios poluídos da cidade), 82% dos entrevistados afirmam que se o rio mais próximo de seu imóvel fizesse parte de um programa de despoluição, sua casa ou apartamento automaticamente seria valorizado.

A pesquisa também questionou os 363 entrevistados sobre o impacto que parques trazem para a cidade de São Paulo. Os resultados mostram que 97% dos ouvidos apontam potencial de melhoria para todos os parques da capital paulistana e que 62% costumam frequentar as áreas verdes das regiões onde residem. Por isso, 60% dos entrevistados acreditam que, com revitalizações nestes locais de lazer, os imóveis próximos tenderiam a valorizar, em média, 19%.

Nesse sentido, 44% das pessoas entrevistadas não pagariam nada a mais para a revitalização dos parques, mas 56% fariam uma contribuição voluntária para melhorar essas áreas. E, do total de pessoas que pagariam, 73% contribuiria com até R$ 5. “Ao fazermos esta análise, identificamos potencial de arrecadação relevante para a revitalização de parques e rios paulistanos – o que pode refletir, ainda, em aumento de bem-estar a todos que moram e passam pelos rios da cidade”, aponta o VP de Analytics do Grupo ZAP Viva Real, Caio Bianchi. ( #Envolverde)