Sociedade

Inep divulga dados preliminares do Censo Escolar 2018

Por João Marinho – 

Notas estatísticas mostram redução no número de matrículas na Educação Básica e Educação integral e distorção idade-série sobretudo no Ensino Médio

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na manhã desta quinta-feira, 31, os dados preliminares do Censo da Educação Escolar 2018.

As notas estatísticas foram publicadas sem a costumeira coletiva de imprensa, e têm o objetivo de ser, segundo o Inep, “um instrumento inicial de divulgação com destaques relativos às informações de alunos (matrículas), docentes e escolas”. O instituto também informa que disponibilizará os micro dados da pesquisa, a Sinopse Estatística e um resumo técnico para ampliar posteriormente a análise.

Seguem alguns dos principais dados selecionados pelo Portal:

  • Redução no número de matrículas na Educação Básica: as notas estatísticas trazem uma redução de 2,6% no total de matrículas na Educação Básica em comparação com o ano de 2014. O percentual equivale a 1,3 milhão a menos de matrículas, que somaram o total de 48,5 milhões em 2018. A queda é mais intensa nos anos finais do Ensino Fundamental. Na Educação Infantil, no entanto, houve crescimento de 11,1% no número de matrículas, que totalizaram 8,7 milhões, graças sobretudo às matrículas em creches;
  • Redução no número de matrículas no Ensino Médio: nos últimos cinco anos, houve redução de 7,1% no total de matrículas no Ensino Médio, que registrou 7,7 milhões em 2018. O Inep, no entanto, pontua que a tendência de queda segue tanto a redução proveniente do Ensino Fundamental quanto uma melhoria no fluxo do Ensino Médio.
  • Redução no total de alunos em escolas de tempo integral: em 2018, 9,4% dos matriculados no Ensino Fundamental permaneceram 7h ou mais em atividades escolares (período integral). Em 2017, o percentual havia sido maior: 13,9%. A maioria das matrículas em período integral ocorre nas escolas públicas.
  • Alta permanência da distorção idade-série: a taxa de distorção idade-séria alcança 11,2% das matrículas nos anos iniciais do Ensino Fundamental para chegar a 28,2% no Ensino Médio. A distorção é mais intensa a partir do terceiro ano do Ensino Fundamental e se acentua no sexto ano do Fundamental e no primeiro ano do Médio.
  • Prevalência da Educação Básica nas zonas urbanas: a esmagadora maioria das matrículas ocorrem nas áreas urbanas (88,7%). Na rede privada, esse percentual chega a 99%. As escolas municipais são as mais presentes nas áreas rurais, com 19,5% da proporção de matrículas nessas regiões. Os municípios também respondem pela maior oferta global dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
  • Maiores desigualdades escolares nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: essas três regiões apresentam menor percentual de professores com formação adequada na disciplina que lecionam. As regiões Norte e Nordeste também têm menos percentual de escolas que contam com biblioteca ou sala de leitura. O Censo registrou um total de 2,2 milhões de professores na Educação Básica brasileira, 62,9% dos quais atuam no Ensino Fundamental e 78,5% têm nível superior. (#Envolverde)

Baixe as Notas Estatísticas do Censo Escolar 2018