Sociedade

ONU faz evento pra reafirmar importância das ODS para o setor privado

A importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o setor privado motivou a realização no fim de março (27) de mais um workshop “SDG Compass: guia de implementação dos ODS para empresas”, que reuniu cerca de 80 representantes de companhias e organizações brasileiras na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na capital paulista.

O treinamento, desenvolvido pelo Grupo Temático ODS da Rede Brasil do Pacto Global, em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a Global Reporting Initiative (GRI), aborda os cinco passos contemplados na publicação homônima por meio de conteúdos, cases e dinâmicas.

O intuito foi instruir e incentivar empresas a integrarem os ODS em sua estratégia de negócios. O processo, segundo a assessora de governança e Agenda 2030 da Rede Brasil do Pacto Global, Bárbara Dunin, envolve primeiramente uma autoavaliação das ações da empresa. “Depois de entender quais são os impactos, é preciso estabelecer as metas para potencializar os impactos positivos, mitigar os negativos e comunicar os resultados de forma transparente”, afirmou.

A assessora de projetos institucionais do CEBDS, Tatiana Araújo, ressaltou a relevância de integrar o setor privado na busca pelos ODS. “É fundamental engajar o setor empresarial, para que as empresas possam se desenvolver almejando um desenvolvimento sustentável no seu processo e cada vez mais se alinhando à agenda global”, declarou.

Glaucia Terreo, representante da GRI no Brasil, falou sobre a importância de seguir os cinco passos propostos pelo guia na busca pelo desenvolvimento sustentável. “Trata-se de um grande esforço que todas organizações vão ter que fazer para harmonizar os instrumentos para o atingimento dos ODS”, disse.

Mario Hirose, diretor do departamento de desenvolvimento sustentável da Fiesp, enalteceu a parceria com o Pacto Global, CEBDS e GRI. “A Agenda 2030 é considerada estratégica para a indústria por trazer temas transversais e atividades de impacto nos negócios”, afirmou.

Também participou do evento Haroldo Machado, assessor sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Para ele, as metas globais precisam de adaptações para o cenário nacional, e a universalidade da agenda não é sinônimo de uniformidade das ações. “Quem busca uma única forma de desenvolvimento está fadado ao fracasso”, ponderou.

O workshop contou também com a participação de empresas que já integram os ODS em suas agendas, expondo como é possível implementar o desenvolvimento sustentável em suas práticas. Este é o caso do Itaú Unibanco, responsável pela coordenação do GT ODS da Rede Brasil e um dos responsáveis pela criação da metodologia dos workshops.

Segundo Anna Paula Nogueira, analista sênior de sustentabilidade e negócios da instituição financeira, “momentos como esse são riquíssimos para inspirar outras organizações a atuarem com os ODS e promover a troca de experiência entre os participantes”. “Isso fortalece a agenda e facilita a incorporação pelas organizações”, declarou. ONUBr (#Envolverde)