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Projeto Albatroz capacita influenciadores digitais para amplificar mensagens sobre Década do Oceano

Stories, reels e posts no Instagram já são ferramentas comuns no dia a dia do brasileiro. Estima-se que 99 milhões estão ativos na plataforma, sendo mais de 30% deles pessoas entre 25 e 34 anos – consolidando o aplicativo como uma fonte importante de informações. Para capacitar produtores de conteúdo a explorarem o potencial das redes sociais para amplificar mensagens sobre conservação marinha e turismo sustentável, o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, organizou o curso ‘Guardiões dos Lagos: influenciadores digitais pela Década do Oceano’, realizado em Cabo Frio (RJ).

Geração antenada nas principais tendências da comunicação na juventude, o Coletivo Jovem Albatroz organizou o conteúdo da formação, que foi realizada no Hotel Nova Onda, com apoio da Prefeitura de Cabo Frio e da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do município. O fio condutor do encontro foi a construção de conteúdos digitais colaborativos planejados, executados e divulgados pelos participantes e nas redes sociais do Projeto Albatroz (@projetoalbatroz).

De acordo com Thaís Lopes, educadora ambiental responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz, a formação permitiu que os participantes atuem como guardiões da flora e fauna locais, estimulando a conservação marinha da região. “Cabo Frio é uma cidade com um grande potencial turístico e por isso acreditamos que os influenciadores da cidade são peça-chave para disseminar informações e práticas sobre o oceano”, explicou.

Identificando problemas

No primeiro momento do curso, os influenciadores foram convidados a mergulhar nos conceitos da Década do Oceano, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), para estimular a proteção e a produção de conhecimentos sobre este ecossistema até 2030 para sensibilizar a sociedade sobre sua conservação. Eles refletiram sobre a relação entre o turismo e a fauna oceânica e discutiram os impactos que essas atividades podem causar.

Em seguida, os influenciadores se dividiram em grupos para discutir o seu papel enquanto propagadores de informações e como elas podem ser relevantes para a construção de um oceano mais saudável e um turismo mais consciente.

No período da tarde, todos participaram de uma roda de conversa sobre comunicação ambiental a partir das estratégias desenvolvidas pelo Projeto Albatroz, trocando informações sobre questões relevantes como: linguagem, autenticidade, posicionamento, uso de ferramentas digitais, gestão de crise e divulgação científica.

Eles se dividiram em três grupos para produzir conteúdos próprios sobre as principais temáticas apontadas no curso: alimentação de aves marinhas, impacto da poluição sonora e descarte irregular de lixo. Eles contaram com o apoio do Projeto Albatroz na roteirização e produção de legendas que, em breve, estarão nas redes sociais da instituição por meio de collabs de conteúdo com a hashtag #guardioesdoslagos.

Para Danielle Cameira, consultora de comunicação do Projeto Albatroz e integrante do Coletivo Jovem Albatroz, a troca de informações com os influenciadores e produtores de conteúdo permitiu entender as principais dúvidas e adequar os conteúdos para as diferentes mídias. “Assim, podemos trabalhar todos juntos para levar mensagens relevantes sobre a conservação marinha e o turismo sustentável na região de forma leve, divertida e com a identidade que cada um dos participantes usa para se comunicar com seu público”, apontou.

Para Victor Viana (@yourleft), influenciador e acadêmico da área de Biologia, a formação permitiu expor problemas enfrentados na Região dos Lagos que afetam diretamente a fauna marinha e, com a orientação do Projeto Albatroz, chegar a soluções digitais que respeitassem a tradição local e o turismo. “Foi um evento sensacional. A relação entre os humanos e o ambiente visitado tem que ser mútua e de grande valia para ambas as partes. Por isso, devemos respeitar as pessoas e os turistas também precisam respeitar de forma consciente o meio ambiente, para que encontrem todas as belezas naturais do nosso litoral quando retornarem”, afirmou.

Projeto Albatroz em Cabo Frio (RJ)

O Projeto Albatroz nasceu em Santos (SP) e desde 1990 trabalha pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. Desde 2014, o Projeto mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio (RJ), que nos possibilitou ampliar as pesquisas no Porto de Cabo Frio, rota de diversas embarcações de pesca de espinhel com a qual albatrozes e petréis interagem e pela qual são capturados.

Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS), Cabo Frio (RJ) e Natal (RN).

Projeto Albatroz

Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.

A principal linha de ação do Projeto, nascido no ano de 1990, em Santos (SP), é o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.

Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS), Cabo Frio (RJ) e Natal (RN).

Mais informações: www.projetoalbatroz.org.br

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