Pelos próximos três anos, cinco comunidades indígenas e extrativistas de Rondônia terão apoio para consolidar a cadeia da castanha-do-brasil e fortalecer a produção de açaí, borracha natural e farinha de mandioca. As ações são desenvolvidas pela organização Pacto das Águas, com financiamento do Fundo Amazônia até 2021. O projeto, chamado Pacto da Floresta, envolve sete povos residentes em duas terras indígenas e castanheiros de três reservas extrativistas.
“Queremos que as atividades que mantêm a floresta em pé tenham atratividade econômica nas áreas protegidas”, aponta Sávio Gomes, coordenador do projeto. “Os povos da floresta geram renda e economia significativa para os municípios, vamos trabalhar para que isso seja valorizado”, completa.
Da Terra Indígena Igarapé Lourdes participam os povos Karo e Ikolen. Da Rio Branco, estão envolvidos os povos Tuparí, Aruá, Makurap, Sakirabiap, Kampé, Djahuj, Kanoé, Jabuti, Dhoremety. Ambas estão localizadas na região central do estado. No Vale do Guaporé, estão envolvidas as famílias de castanheiros das Reservas Extrativistas Federal e Estadual do Rio Cautário e da Reserva Extrativista Federal do Rio Ouro Preto.
Iniciado há três meses, o projeto já realizou reuniões de planejamento participativo da safra de castanha 2018/2019, promoveu oficinas de boas práticas de coleta e armazenamento da amêndoa e distribuiu para as comunidades envolvidas insumos, materiais e utensílios para apoiar a coleta. Serão adquiridos insumos e equipamentos para coleta e manejo de açaí, látex e produção de farinha de mandioca, bem como serão feitas oficinas voltadas para boas práticas de produção destes produtos.
Os 900 castanheiros cadastrados no projeto receberão assistência técnica e participarão de intercâmbios técnicos, capacitações sobre associativismo e cursos de gestão de projetos. Durante os três anos de projeto, 100 castanhais nativos devem ser mantidos e ampliados. O projeto também vai construir um entreposto regional na cidade de Ji-Paraná e vai promover a certificação orgânica de duas áreas.
Mais informações em: https://www.pactodasaguas.org.
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