Rede Brasileira de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável é lançada no Rio de Janeiro

desenvolvimento sustentavel

Iniciativa enfoca desafios e oportunidades enfrentados pelas cidades; Rio será a primeira a fazer parte do projeto

Na próxima segunda-feira, 17 de março, Jeffrey Sachs, diretor do Earth Institute da Columbia University e daSustainable Development Solutions Network (RSDS Mundial), virá ao Rio de Janeiro para o lançamento da Rede Brasileira de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (RSDS Brasil). Articulada por organizações da sociedade civil, academia, governo e setor privado, a RSDS Brasil espera apontar caminhos e soluções sustentáveis para problemas atuais enfrentados pelas cidades. O evento será realizado no Museu de Arte do Rio – MAR, das 11h às 13h, seguido de coletiva de imprensa às 13h30.

Também participam, Israel Klabin, presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS); Eduarda La Rocque, presidente do Instituto Pereira Passos (IPP); Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Jailson de Souza e Silva, fundador e coordenador do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, Pe. Josafá Carlos de Siqueira, reitor da PUC- RJ; Carlos Antônio Levi da Conceição, reitor da UFRJ, e Ana Maria Dantas Soares, reitora da UFRRJ.

“Cada país e cidade possui uma expertise própria e específica para enfrentar os dilemas do desenvolvimento sustentável”, diz Jeffrey Sachs. “A Rede vai permitir que líderes de cada região exponham boas ideias que possam ser replicadas.”

Até o momento, a RSDS Brasil é formada por organizações como o Instituto de Economia e a COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); o Programa de Graduação em Práticas de Desenvolvimento Sustentável (MDP Brasil) e o Centro Internacional de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); o Programa Multidisciplinar Ambiental da Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio); o Instituto Pereira Passos (IPP); a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS); a Fundação Roberto Marinho; o Centro Rio +; o Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Pacto Global do Brasil; o Observatório de Favelas e a Conservação Internacional (CI) e UN Habitat.

Rio, um futuro sustentável??

Embora a RSDS Mundial englobe dez diferentes temas, a Rede Brasileira enfoca inicialmente os desafios e as oportunidades enfrentados pelas cidades. Escolhida para fazer parte do projeto Iniciativa de Cidades Sustentáveis, o Rio de Janeiro, com seus dilemas e experiências em urbanização sustentável, será a primeira cidade na qual a Rede irá atuar no Brasil. Cidades como Acra (Gana), Bangalore (Índia), Nova York (EUA) e Durban (África do Sul) também fazem parte do projeto.

O Rio de Janeiro foi indicado pois, apesar dos grandes desafios, a cidade tem se mostrado aberta a processos de transformações que buscam a sustentabilidade. A Rede Brasileira pretende aprofundar o debate sobre o tema, estreitar o diálogo com o setor governamental responsável pelas políticas públicas e desenvolver soluções em maior escala para consolidar uma cidade sustentável, inclusiva e resiliente.

Discussões para o Pós-2015

Lançada a pedido do secretário-geral da Organização das Nações Unidas Ban Ki-moon em agosto de 2012, a RSDS Mundial tem como objetivo mobilizar especialistas da sociedade civil e dos setores cientifico, acadêmico e privado na busca por  soluções sustentáveis para problemas de escala global, nacional e local. A proposta é acelerar processos de aprendizado em conjunto e promover métodos que aproximam as boas práticas existentes em diversos locais. A Rede permite que líderes de todas as regiões e com experiências distintas interajam e garantam as estruturas necessárias nas tomadas de decisões.

A RSDS Mundial tem buscado contribuir com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), lançados pela ONU e seus Estados-membros durante a Rio+20. O novo conjunto de indicadores pretende mostrar as diretrizes para o desenvolvimento sustentável após 2015, quando expiram os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODMs), adotados globalmente desde o ano 2000 como meta de combate à pobreza extrema em todas suas formas.