Jogar futebol é uma prática, na sua maioria, masculina, embora já seja expressiva a quantidade de mulheres adeptas desse esporte que está em evidência no mundo inteiro neste momento por conta da Copa da FIFA.
A presença do sexo feminino nas torcidas organizadas e nas arquibancadas é notória, como também é possível constatar uma importante participação de garotas trabalhando como repórteres, comentaristas e apresentadoras de programas dedicados à essa paixão nacional.
Aproveitando que a “gorduchinha” encontra-se na boca de milhões de admiradores, e buscando apresentar situações realistas do universo futebolístico, o Centro Cultural São Paulo nos oferece a exposição fotográfica “As Donas da Bola”, um conjunto de registros contundentes sobre como o futebol está impregnado nas distintas realidades femininas e em diferentes regiões do Brasil.
Os olhares atentos de onze fotógrafas produziram um mosaico valioso que traz à tona curiosidades como um campeonato disputado por índias, as peladas jogadas pelo time de freiras; flagrantes de futebol de praia e de várzeas espalhadas nas periferias do nosso País, dentre tantas outras imagens clicadas, as quais misturam beleza, precisão, drama, raça, paixão e, principalmente, vivências.
A mostra configura-se como um trabalho cuidadoso que joga luzes em facetas pouco vistas desse esporte que movimenta multidões e os seus mais diversos sentimentos. Vale a pena conferir! Por aqui, fico. Até a próxima.
Serviço:
As Donas da Bola
Centro Cultural São Paulo, Piso Caio Graco, até 13 de julho de 2014
Curadoria: Diógenes Moura
Fotógrafas: Ana Araujo, Ana Carolina Fernandes, Bel Pedrosa, Eliária Andrade, Evelyn Ruman, Luciana Whitaker, Luludi Melo, Márcia Zoet, Marlene Bergamo, Mônica Zarattini, Nair Benedicto
Produção: Sýn Criativa
Apoio: f2.8, Prefeitura de São Paulo – Cultura, Centro Cultural São Paulo
Patrocínio: Caixa e Petrobras
Saiba mais em: www.asdonasdabola.com.br
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.