Projeto faz parte das políticas brasileiras contra as mudanças climáticas; programa será desenvolvido ao longo dos próximos quatro anos; investimento será de US$ 9,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 32,6 milhões.
Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Brasília para a Rádio ONU –
O Banco Mundial aprovou uma nova iniciativa para detecção do desmatamento e a prevenção e monitoramento de incêndios no cerrado brasileiro.
Com valor de US$ 9,2 milhões, o equivalente a cerca de R$ 32,6 milhões, o projeto se desenvolverá ao longo dos próximos quatro anos. A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, Fundep, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mict, é parceira desse trabalho.
Mudanças Climáticas
O projeto faz parte das políticas brasileiras contra as mudanças climáticas e também integra uma série de iniciativas financiadas pelo Programa de Investimento em Florestas.
Esta iniciativa apoia o Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, Programa ABC, o Cadastro Ambiental Rural e o Inventario Florestal do Cerrado.
Risco de Incêndios
O projeto apoiado pelo Banco Mundial vai criar sistemas para detectar e mapear o desmatamento no cerrado, alertar sobre o risco de incêndios e calcular as emissões de gases causadores de efeito estufa.
Segundo o órgão, as ações para monitorar o desmatamento e a degradação do cerrado são recentes, diferentemente do que ocorre na Amazônia, onde trabalhos desse tipo são realizados desde 1988.
Agricultura
Nas últimas duas décadas, o cerrado tem sido um dos centros mais importantes para o desenvolvimento da agricultura brasileira. No entanto, isso foi feito parcialmente às custas da vegetação nativa.
Além disso, o Banco Mundial alertou que o Brasil ainda não tem uma estimativa confiável da superfície do cerrado afetada pelo desmatamento e os incêndios.
Originalmente, o bioma cobre 24% do território brasileiro e também é um dos mais ameaçados pelo desmatamento. Dos 2 milhões de quilômetros quadrados de área, só metade ainda é de mata nativa.
Entre 2002 e 2008, o cerrado perdeu 4,1% da cobertura vegetal, em comparação com os 3,2% da Amazônia. Por isso, estudiosos defendem cada vez mais a criação de iniciativas que promovam o desenvolvimento sem prejudicar a fauna e a flora únicas desse bioma. (Rádio ONU/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site da Rádio ONU.