Sociedade

Economia de água em condomínios despenca com fim de incentivos da Sabesp

Em abril deste ano 35% dos prédios conseguiram redução no consumo contra 82% no mesmo período de 2015, aponta a Lello
Torneira
A economia de água nos condomínios residenciais da cidade de São Paulo despencou 57,3% com o fim dos incentivos da Sabesp. É o que aponta o mais recente balanço da Lello, administradora paulistana, com base em 1,6 mil prédios administrados pela empresa na capital paulista.
Em abril deste ano (contas pagas em maio) 35% dos condomínios tiveram consumo inferior à média registrada entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Em abril de 2015, a adesão à economia de água havia atingido 82% dos condomínios.
O índice de prédios que conseguiram em abril redução no consumo em relação à média histórica é até mesmo inferior ao registrado em dezembro de 2014, quando 58% deles obtiveram redução no consumo.
O valor médio de redução do consumo de água nos condomínios avaliados foi de R$ 867,60 por empreendimento em abril. Em abril de 2015 a redução média havia sido de R$ 2.151 por prédio.
“O anúncio do fim da crise hídrica e a retirada dos incentivos colaborou para que muitos moradores relaxassem nas medidas de economia. Mas é importante destacar que o uso racional da água é fundamental em todas as épocas, e que a situação das nossas represas ainda preocupa”, diz Raquel Tomasini, gerente da área técnica de produtos e parcerias da Lello Condomínios.
Para auxiliar os síndicos, a administradora lançou um programa que visa gerenciar o perfil do consumo de água nos condomínios, incluindo apartamentos, e reduzir o desperdício entre 15% e 30%.
O primeiro passo é a realização de um “raio-x”, com análise, diagnóstico e ajustes. Com uma visita em cada apartamento, os técnicos avaliam todos os pontos hidráulicos (válvulas, torneiras, chuveiros e tubulações) para identificar eventuais problemas. Na hora, também já intervêm nos pontos de perda, realizando ajustes e regulagens, monitoramento dos reservatórios e verificação eletrônica dos registros.
Com o relatório da vistoria em mãos, os síndicos podem avaliar a adoção de medidas complementares, como instalação de medição individualizada, medição por blocos ou ramais, substituição de peças sanitárias e instalação de economizadores, entre outras. (Assessoria)