Oito dicas para evitar as doenças de inverno

Com o inverno tomando conta do país, muitas cidades já registram frio intenso e sofrem com as consequências do clima na saúde. Maior permanência em locais pouco ventilados, aumento da poluição, baixas temperaturas e menor umidade relativa do ar são alguns dos fatores que agravam a transmissão de doenças comuns nessa época do ano, como gripes, bronquite, rinites, asma, conjuntivites e pneumonias.

Para te ajudar a evitar essas doenças, listamos oito dicas simples que poderão garantir a saúde da sua família mesmo durante o inverno.

Evitar lugares aglomerados

[media-credit name=”Sxc.hu ” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Para evitar o frio, as pessoas costumam ficar em lugares pouco ventilados. O resultado disso é que a possibilidade de transmissão de doenças respiratórias aumenta muito, pois a falta de ventilação concentra os micro-organismos, presentes e invisíveis no ar. Exemplos de doenças que têm a transmissão aumentada são os resfriados (causados por centenas de vírus diferentes), a gripe e as infecções como as pneumonias e as meningites.

Por isso, deve-se evitar locais com grande concentração de pessoas. “Esses lugares devem ser evitados principalmente por pessoas que apresentam doenças respiratórias, pois a época é característica deste tipo de doença”, diz Ricardo Martins, professor de Pneumologia da Universidade de Brasília (UnB).

Se agasalhar, ter uma boa alimentação e ingerir bastante líquidos

[media-credit name=”Sxc.hu ” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Outra dica para evitar as doenças de inverno é manter-se sempre bem agasalhado, ter uma alimentação equilibrada e beber bastante líquidos, como água e sucos. “É importante que as pessoas usem sempre agasalhos para manter a temperatura do corpo em um nível ideal, mesmo na prática de exercícios. Os alimentos ajudam na temperatura corporal e também é importante o uso de vacinas contra a gripe”, conta Martins.

Para quem já apresenta algum sintoma, como espirros, congestão nasal, coriza, coceira nasal, dor de cabeça e febre, deve ficar em repouso e reforçar a hidratação logo no início dos sintomas. “A maioria dos quadros virais são autorresolutivos e essas medidas contribuem para encurtar o tempo de doença”, diz a dra. Loren Britto, médica otorrinolaringologista.

Manter a casa limpa e arejada

[media-credit name=”Sxc.hu ” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Quem já sofre com alergias e doenças respiratórias já conhece essa dica. Segundo os especialistas, esta medida é fundamental para evitar o surgimento ou o agravamento das doenças. “É importante não ter nada que possa acumular pó, pois os ácaros (grandes causadores de alergias respiratórias) costumam se fixar em objetos como bichinhos de pelúcia, tapetes, cortinas, protetores de berço, mosquiteiros, almofadas, caixas de brinquedos, entre outros”, conta o professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), Juang Horng Jyh.

Reforçar o aleitamento materno

[media-credit name=”Sxc.hu ” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Segundo Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o aleitamento materno é vital para reforça a imunidade dos bebês. “(O aleitamento) é extremamente protetor contra todas as doenças, já que é a forma como mãe passa os seus anticorpos para o filho”, diz.

Lavar bem as mãos

[media-credit name=”Sxc.hu ” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Muitas doenças são transmitidas pelas mãos, pelo contato com brinquedos, objetos, entre outros, lembra Kfouri. Por isso, ele recomenda o asseio das mãos com água e sabão sempre que necessário. Outra opção recomendada pelo Ministério da Saúde é o uso do álcool em gel nas mãos (palma e dorso) e braços.

Postergar a frequência em creches, escolas e berçários

[media-credit name=”njxw” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Outra recomendação de Renato Kfouri para evitar a contaminação das crianças (um dos grupos que mais sofrem com as doenças de inverno) é evitar ao máximo deixar os pequenos em locais onde há concentração de outras crianças. “Os bebês muito novinhos ficam muito expostos à contaminação nesses locais, por isso, quanto mais tarde você puder colocá-lo (em creches, escolas e berçários), melhor”.

Evitar a exposição ao tabaco

[media-credit name=”Sxc.hu” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, o tabaco é um irritante das vias aéreas, por isso deve ser ainda mais evitado durante essa época do ano. “Este é um fator de risco para qualquer doença respiratória, mesmo para os fumantes passivos”, diz.

Procurar ajuda médica

[media-credit name=”Sxc.hu” align=”aligncenter” width=”425″][/media-credit]Caso os sintomas não passem dentro de alguns dias ou se agravem, é fundamental procurar um médico. “Aconselha-se que as pessoas com gripe ou resfriado não façam uso de medicamentos além daqueles para alívio de sintomas e se estes persistirem além do período usual de uma semana, ou se houver muita incapacitação, procurar a avaliação do médico”, alerta o dr. Octavio Messeder, pneumologista e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Português.

Em alguns casos, como para os pacientes portadores de rinossinusites alérgicas, é necessário acompanhamento otorrinolaringológico. “Nestes casos, é preciso um tratamento adequado para que nesta época fiquem menos sensíveis e predispostos às mudanças climáticas”, conta a dra. Loren Britto, médica otorrinolaringologista.

* Publicado originalmente no site EcoD.