Plano devolve vida ao 2º maior rio europeu

Um projeto internacional apoiado pelo PNUD contribui para a recuperação do ecossistema do rio Danúbio, segundo maior da Europa em extensão – atrás apenas do Volga -, depois de 75 anos de intensa poluição agrícola, industrial e urbana.

Nitrogênio, fósforo e outras substâncias químicas nocivas à saúde, oriundos de fertilizantes rurais e detergentes caseiros, por exemplo, prejudicavam gravemente o ecossistema, a ponto de uma área com ausência total de oxigênio ter sido detectada na parte oeste do Mar Negro, onde deságua o Danúbio.

O PNUD identificou as principais fontes de poluição, desenvolvendo uma estratégia de investimentos e reforçando instituições que governam a bacia do Danúbio e do Mar Negro, da qual depende a sobrevivência de inúmeras famílias, sobretudo as que vivem de pesca e turismo.

Por 15 anos, a agência da ONU e o GEF (Fundo para o Meio Ambiente Mundial) ajudaram a catalisar US$ 3,5 bilhões em investimentos para redução da poluição, incentivo a práticas agrícolas e ambientais sustentáveis, bem como reforma de instituições de fiscalização, legislação e governo.

O planejamento estratégico e os fundos aportados possibilitaram aos 13 países da bacia do Danúbio monitorar e melhorar a qualidade da água, ao estabelecerem 75 estações de fiscalização e controle nas águas do rio.

Com suporte inicial de US$ 49,5 milhões por meio do projeto internacional, governos também instituíram um sistema de controle de danos, a fim de minimizar riscos de um vazamento químico acidental e definir um acordo em prol da redução da poluição.

Seguindo as reformas e os investimentos, habitats críticos foram sendo restaurados e protegidos durante a última década, eliminando virtualmente a área sem vida do Mar Morto e liderando uma importante recuperação do ecossistema marinho.

*Publicado originalmente no PNUD Brasil: http://www.pnud.org.br/saneamento/reportagens/index.php?id01=3702&lay=san