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IBM cria supercomputador que simula o funcionamento do cérebro humano

Na nova arquitetura de computador, chips simulam neurônios e sinapses. Foto: Reprodução/Gizmag

Engenheiros da IBM se inspiraram no baixo consumo de energia do cérebro para criar nova arquitetura de computadores.

O cérebro humano é de longe o objeto mais complexo do universo. Ele é capaz de realizar diversas funções ao mesmo tempo, como reagir a milhares de estímulos sensoriais, interpretá-los, e aprender. Tudo isso gastando apenas 20 Watts de energia. Segundo estimativas da IBM, um computador atual, com tal complexidade, consumiria cerca de 100 MegaWatts para desempenhar todas essas tarefas.

Um consumo dessas proporções seria impraticável, mas a IBM parece ter encontrado a resposta. Combinando o melhor da neurociência, nanotecnologia e supercomputação, a empresa criou a Computação Cognitiva, uma nova forma de arquitetura de computadores.

De acordo com a neurociência, o motivo do cérebro consumir tão pouca energia é seu funcionamento estratégico. Neurônios, axônios e sinapses somente consomem energia quando são ativados. Inspirados nisto, engenheiros da IBM construíram uma inovadora arquitetuara de computador, e, através dela, simularam a quantidade de neurônios e sinapses encontrados em um cérebro humano.

O resultado não foi a precisão biológica do funcionamento do cérebro humano. Mas, apesar desta nova arquitetura não ser capaz de pensar e sentir, ela representa um grande passo em direção à criação de uma máquina que um dia será.

O primeiro passo dos engenheiros foi reunir um conjunto de dados para desenvolver a estrutura básica do sistema. Dentro dele, os chips funcionam como neurônios e sinapses, reproduzindo o funcionamento de um cérebro humano. Os neurônios recebem o estímulo, elaboram a informação e a repassam a outros neurônios através das sinapses. Assim como o cérebro humano, o funcionamento deste sistema é estratégico e economiza mais energia do que os computadores comuns.

O experimento permitiu que a IBM reunisse o conhecimento que será útil para a criação de novos designs e chips de alta perfomance e baixo consumo de energia.

* Com informações do Gizmag.

** Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.