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Como o mundo tem atuado no combate à desertificação

por Synergia Socioambiental* – O Brasil e o mundo têm desenvolvido ações para o combate à desertificação, que ameaça a existência de ecossistemas, por conta das mudanças climáticas geradas por ações humanas. Para isso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) tem demonstrado  interesse em cooperar com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD).

Atualizado em 11/07/2023 às 16:07, por Dal Marcondes.

por Synergia Socioambiental * –

O Brasil e o mundo têm desenvolvido ações para o combate à desertificação,  que ameaça a existência de ecossistemas, por conta das mudanças climáticas geradas por ações humanas.

Para isso, a  Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)  tem demonstrado  interesse em cooperar com a  Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) . Uma das propostas é o  Programa Produtor de Água , que prevê uma recompensa aos produtores e produtoras rurais por ações de conservação do solo.

Além disso, durante a  COP15 , que aconteceu em maio de 2022, na Costa do Marfim, os  países assinantes da UNCCD  se reuniram para debater mais iniciativas, entre elas a  Grande Muralha Verde , projeto em andamento há mais de 15 anos, que visa reparar, até 2030, mais de  100 milhões de hectares  de terras secas na África.

O projeto propõe a criação de uma faixa de  8 mil km de extensão , que vai do Senegal até Djibuti e, para 2023, conta com a  contribuição técnica da Embrapa , da Universidade Federal de Rondonópolis e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

O Brasil no combate à desertificação

No Brasil,  a Caatinga e o Cerrado são os biomas mais ameaçados  pela desertificação. A  Caatinga já perdeu mais de 6 milhões de hectares , sendo 280 mil deles em áreas com grande possibilidade de virar deserto.

No Nordeste , 94% das terras secas estão suscetíveis à desertificação , devido ao desmatamento e às secas severas que atingem a região, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Para combater à desertificação, especialistas têm trabalhado em soluções para reparar as áreas impactadas, algumas delas são:

  • Implantação de sistemas agroflorestais (SAFS) : promove a recuperação da produtividade do solo degradado, melhora a estrutura e a fertilidade do solo e aumenta a diversidade de espécies plantadas;
  • Reflorestamento : prevê a regularização do ciclo hidrológico, controla os níveis de degradação do solo e da vegetação, sequestra carbono e reduz o efeito estufa;
  • Barragem subterrânea : promove menor perda de água por evaporação e maior proteção da água contra poluição bacteriana superficial.
  • Além disso, a  Comissão de Educação da Câmara de Deputados  aprovou, recentemente, um  projeto de lei que prioriza a criação de centros de estudo  e  pesquisa sobre o combate à desertificação .

Assim,  universidades centros universitários  e  faculdades , localizadas em cidades de ambiente semiárido e com núcleo de desertificação, terão  prioridade no credenciamento  para realizar pesquisas.

Porém, mesmo como todas as iniciativas realizadas, a  desertificação ainda é um desafio , por isso, o cuidado em outras frentes é necessário, como conter o avanço de áreas desertificadas. Entre essas frentes está o  combate ao desmatamento , o trabalho de contenção da  escassez de água , entre outros.

*Obs: Publicado no âmbito da parceria de conteúdo entre a Envolverde e a Synergia Socioambiental

(Synergia Socioambiental/Envolverde)