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Centro de Fortaleza: passado, presente, futuro

por Maristela Crispim, da Agência EcoNordeste –  O Centro de toda cidade sempre é referência da história da construção daquele lugar. Em geral, enfrenta problemas de ocupação (sobretudo noturna), ordenamento, manutenção e qualificação dos espaços, assim como de segurança. Em Fortaleza não é diferente.

Atualizado em 10/11/2018 às 13:11, por Dal Marcondes.

por  Maristela Crispim, da Agência EcoNordeste – 

O Centro de toda cidade sempre é referência da história da construção daquele lugar. Em geral, enfrenta problemas de ocupação (sobretudo noturna), ordenamento, manutenção e qualificação dos espaços, assim como de segurança.

Em Fortaleza não é diferente. A Cidade começou a se desenvolver, do ponto de vista urbano, com a fundação do Forte de Schoonemborch, pelo holandês Matias Beck, em 1649. A partir de 1654, quando os portugueses o retomam, passou a chamar-se Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, dando origem à vila.

Não muito longe dali, onde hoje funciona a 10ª Região Militar, se encontram alguns dos seus importantes marcos históricos, como a Praça General Tibúrcio (Praça dos Leões) ladeada por um conjunto de edificações que constituiu o primeiro núcleo do poder constituído: Igreja do Rosário (1755); Palácio da Luz, hoje Academia Cearense de Letras (fim do século XVIII); e Assembleia Provincial, hoje Museu do Ceará (1856-1871).

Dinâmica urbana

No começo, não havia um centro, pois o Centro era a própria Cidade, que foi se expandindo, criando novos bairros, novas centralidades, novas dinâmicas. A partir da década de 1970, com a paulatina saída do poder público para outros bairros, teve início um processo de esvaziamento.

O centro em números

33  praças
28.588  imóveis
9.711  comerciais
16.135  residenciais
2.736  outros (históricos, igrejas, cemitério)
64.350  trabalham
350  mil pessoas circulam por dia
420 mil  aos sábados
600 mil  próximo a grandes datas
6.800  viagens de ônibus diárias da periferia

Esse movimento culminou com a implosão do Fórum Clóvis Beviláqua, que acompanhei como repórter, em 2000. A partir desse momento, os escritórios de advogados que ainda funcionavam naquela região migraram, como já tinham feito os consultórios médicos e odontológicos.

Antes mesmo, um dos grandes atrativos do Centro de outrora, os cinemas, já tinham mudado para os shoppings centers, assim como muitas lojas. Mas esse surgimento de novas centralidades com a migração de muitos serviços não foi o fim do significado comercial do Centro.

Depois de experimentar várias fases, mantendo a efervescência que caracteriza os grandes centros urbanos, o Centro de Fortaleza experimenta um novo e interessante movimento, nos últimos anos, impulsionado pela própria crise econômica que empurra os desempregados para o comércio informal.

Esse mesmo mercado ambulante, que cresce desordenadamente nos calçadões e praças do Centro de Fortaleza, alimenta e faz crescer a economia da região de uma forma extraordinária. Além do Mercado Central e do Centro Fashion, diversos outros polos comerciais populares proliferam pela região. (EcoNordeste/#Envolverde)