Relatório ao G20 conclui que uso de gás prejudica metas climáticas
Um novo relatório revela que os países do G20 deverão investir mais de US $ 1,6 trilhão em novos projetos de gás, colocando em risco as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris.
Um novo relatório revela que os países do G20 deverão investir mais de US $ 1,6 trilhão em novos projetos de gás, colocando em risco as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. Publicado pela Oil Change International e endossado por mais de 20 organizações em todo o mundo, o relatório Debunked: The G20 Clean Gas Myth mostra que:
• A noção de que o gás fóssil possa ser um “combustível de transição” para um clima estável é um mito. As emissões dos campos de gás existentes, juntamente com o desenvolvimento de petróleo e carvão existentes, já excedem os orçamentos de carbono alinhados com o Acordo de Paris. Mesmo que todas as minas de carvão fossem fechadas amanhã, o gás e o petróleo em campos já desenvolvidos levariam o mundo além do orçamento de carbono para 50% de chance de permanecer abaixo de 1,5ºC de aquecimento global.
• Apesar dessa realidade, os países do G20 devem investir mais de US $ 1,6 trilhão em novos projetos de gás até 2030. Se isso acontecer, as emissões liberadas até 2050 dificultariam enormemente o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris, que foi assinado por todos os membros do G20.
• Cinco países – Estados Unidos, Rússia, Austrália, China e Canadá – deverão ser responsáveis por 75% do capital investido na produção de gás nos países do G20 entre 2018 e 2030.
“O gás fóssil é uma falsa solução e isso se torna mais evidente diante das fontes renováveis e sustentáveis de energia que são econômicas e proporcionam acesso à energia para as pessoas mais pobres através do uso de energia eólica e solar. Para quê uma “ponte” se você pode saltar para a energia verdadeiramente limpa?”, questiona a Dra. Katherine Kramer, líder global em mudança climática da Christian Aid, que endossa o relatório, ao lado de organizações como Projeto Africano de Realidade Climática, Amazon Watch, Movimento dos Povos Asiáticos sobre Dívida e Desenvolvimento, Earthworks, Engajamundo, Food & Water Europe, Food & Water Watch, Greenpeace, Health of Mother Earth Foundation, Leave it in the Ground Initiative, Legambiente, Observatori del Deute en la Globalització, Platform, Rainforest Action Network, Re:Common, Stand.earth, the UK Youth Climate Coalition, urgewald, e 350.org. O relatório foi pesquisado e escrito pela Oil Change International. (#Envolverde)





