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Mais da metade dos supermercadistas brasileiros não reportam qualquer número referente ao compromisso público de venderem apenas ovos livres de gaiola

A Alianima, organização sem fins lucrativos dedicada a promover melhorias de bem-estar animal nas cadeias produtivas, divulgou hoje a primeira edição do relatório “Observatório do Ovo”, que avalia o progresso de supermercadistas brasileiros na transição para a venda exclusiva de ovos livres de gaiolas até 2028 ou antes.

Atualizado em 02/08/2024 às 13:08, por Redação Envolverde.

A Alianima , organização sem fins lucrativos dedicada a promover melhorias de bem-estar animal nas cadeias produtivas, divulgou hoje a primeira edição do relatório “Observatório do Ovo” , que avalia o progresso de supermercadistas brasileiros na transição para a venda exclusiva de ovos livres de gaiolas até 2028 ou antes. A pesquisa revela que, apesar dos avanços significativos por parte de algumas redes, 74% das empresas não responderam ao relatório com informações claras sobre suas metas e progressos .

O relatório é resultado do trabalho da organização em monitorar e divulgar o cumprimento dos compromissos públicos em bem-estar animal assumidos por supermercadistas brasileiros. Desde 2015, aproximadamente 200 empresas dos setores alimentício e de hotelaria assumiram o compromisso de utilizar e vender apenas ovos produzidos por galinhas criadas em sistemas livres de gaiolas. Dentre as empresas comprometidas, os supermercadistas ganham destaque, sendo o setor com maior alcance populacional, através das lojas físicas ou e-commerces.

“O prazo para a transição completa para ovos livres de gaiolas está se aproximando, e é crucial que as empresas mostrem transparência e responsabilidade para com os consumidores e a causa do bem-estar animal. Nosso relatório evidencia que há um longo caminho a ser percorrido, especialmente em termos de comunicação e compromisso.”, comenta Patrycia Sato, Diretora técnica da Alianima.

De acordo com os dados coletados pela organização , apesar do compromisso público de transição para ovos cage-free até 2028, muitas redes, incluindo Cencosud, Sonda e Záffari, falharam em fornecer atualizações claras e regulares sobre seu progresso.

Por outro lado, redes que responderam ao relatório, como Carrefour e GPA, apontaram alguns desafios na transição para ovos livres de gaiolas, dentre eles, os regionais. As regiões Norte e Nordeste enfrentam maiores dificuldades devido à baixa oferta de ovos livres de gaiolas e altos custos de transporte — tornando a transição mais complexa. Conheça o ranking de varejistas e atacadistas do Observatório do Ovo:

Entre as principais recomendações, a Alianima sugere que as empresas supermercadistas:

  • Aumentem a Transparência: Empresas devem fornecer relatórios anuais detalhados sobre o progresso de suas metas de transição para ovos cage-free.
  • Amplifiquem a Comunicação: É essencial que as empresas comuniquem claramente seus compromissos e avanços para os consumidores.

De acordo com a organização, a regulamentação do setor é fundamental. Patrycia Sato destaca que a falta de regulamentação oficial é um desafio significativo e órgãos governamentais devem estabelecer padrões mínimos de boas práticas de criação na avicultura de postura 

“A Alianima reforça o compromisso em monitorar o progresso das empresas que se comprometeram publicamente em adotar políticas de bem-estar animal”, destaca Patrycia Sato. “Estamos comprometidos em manter a pressão sobre as redes supermercadistas para que cumpram suas promessas e avancem na direção de um futuro mais ético e sustentável com os animais na indústria alimentícia.”, conclui a Diretora técnica da Alianima.

Clique aqui para acessar o relatório completo “Observatório do Ovo”.

Envolverde