Pacto Global da ONU apoia transição verde na COP30 com ferramentas para a agricultura regenerativa
No epicentro das discussões climáticas globais, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil aproveitou o palco da COP30, em Belém, para lançar duas iniciativas estratégicas. O objetivo é claro: impulsionar de forma concreta a adoção de práticas regenerativas e sustentáveis no agronegócio brasileiro, alinhando a produção de alimentos às urgentes metas de clima e biodiversidade.

Por Reinaldo Canto -
As novas ferramentas, apresentadas em um evento que reuniu diversos stakeholders do setor, são projetadas para transformar os projetos empresariais em ações efetivas no campo.
O roteiro estratégico e a resposta ao financiamento
O lançamento foi conduzido por Hugo Ricardo, gerente de Plataformas de Agricultura e Florestas do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, que ressaltou a importância da continuidade: “O compromisso é desdobrar essas ações nos próximos anos para impulsionar a transformação dos sistemas alimentares, tornando-os mais sustentáveis e integrados às agendas de clima e biodiversidade.”

As iniciativas são duplas e complementares:
- Guia de Acesso ao Financiamento para Práticas Regenerativas: Esta é uma ferramenta prática, desenvolvida para atacar um dos maiores gargalos da agricultura sustentável: o financiamento. O Guia busca facilitar o acesso de produtores rurais a linhas de crédito verde e mecanismos de investimento de baixo carbono disponíveis no mercado. Ele aproxima o produtor do capital necessário para adotar técnicas regenerativas.
- Documento de Posicionamento das Plataformas de Ação para Agricultura e Florestas: Este documento consolida os compromissos e propostas assumidos pelas empresas que integram as plataformas do Pacto. Ele serve como um roteiro estratégico robusto, orientando a cadeia produtiva em direção a práticas que valorizam a regeneração do solo e a conservação florestal.
Transformando Intenções em Impacto na Amazônia
Os lançamentos na COP30 reforçam o papel das grandes corporações na promoção de um "novo jeito de prosperar", que equilibra produção e conservação.
Durante o evento, o Pacto Global também destacou os resultados do Movimento Impacto Amazônia. Esta frente aposta diretamente na bioeconomia e no desenvolvimento local como caminhos mais sustentáveis para a região. Ao integrar o setor produtivo com a agenda climática e social, a iniciativa sinaliza que o futuro do agronegócio brasileiro passa necessariamente pela aliança entre empresas, produtores e natureza.
Com a implementação dessas novas ferramentas, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil reforça a mensagem de que a transformação dos sistemas alimentares não é apenas ambiental, mas também um imperativo econômico e social. É um pacto que busca regenerar o solo, respeitar a floresta e cultivar um modelo de produção mais resiliente para o país.
Envolverde/Ciclo Vivo





