Por Gilberto Natalini
O conhecimento humano acompanha a nossa existência desde quando a humanidade desceu das árvores e começou a andar em pé há milhares de anos.
Vieram as ferramentas, de início, rudimentares, a agricultura, o manejo do fogo, da água, das construções, dos transportes, da energia, das armas e por aí vai.
Este conhecimento, produto da inteligência humana, se organizou muito mais a partir da ciência e da tecnologia.
É claro que este desenvolvimento cognitivo serviu para ajudar a humanidade a conquistar o progresso e o bem-estar geral e individual, mas, também, se prestou para guerras, exploração social, colonialismo e extermínio. Assim tem caminhado a humanidade.
Algumas destas descobertas tiveram grande impacto e produziram enormes saltos no desenvolvimento humano. Foi assim com o manejo do fogo, a invenção da roda e do arado, a astronomia, que descobriu que a Terra é redonda e que gira em torno do Sol, a invenção da máquina a vapor, a descoberta da eletricidade, o motor à combustão, da energia nuclear, da internet e muitas outras.
Nas últimas décadas, a velocidade e a quantidade de descobertas científicas e tecnológicas ganharam proporções colossais. Nenhum de nós, no geral ou em nossas áreas, consegue acompanhar o número de novidades acrescentadas ao conhecimento, tamanha a imensidão das conquistas.
Mas, nos tempos de hoje, tivemos duas criações humanas que chegaram como uma bomba sobre nossas cabeças e nossas consciências: as redes sociais e inteligência artificial.
De 40 anos para cá, podemos afirmar que as “ideologias morreram” no nosso mundo, ou pelo menos, submergiram. O mundo avançou na globalização da política, da economia e das relações sociais.
Gilberto Natalini é médico, foi vereador e titular da Secretaria Municipal de Mudanças no Clima, em São Paulo. É ativista social e ambiental.