Exibições de filmes inéditos e clássicos produzidos na França, Holanda, Portugal, Inglaterra, Suécia, Itália, Alemanha e Brasil
“Pensar global, agir local”. A partir dessa máxima nasceu o CINE BIKE – Festival Internacional de Cinema e Mobilidade Urbana, que o Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília realiza de 19 a 31 de julho, com exibições de filmes ao ar livre e no cinema, mostra virtual, oficinas, debates, passeio ciclístico e várias atividades educativas. A ideia é propor a reflexão e a tomada de consciência ambiental em nome da sustentabilidade, investindo na educação, na informação e no divertimento.
A abertura será às 19h30 do dia 19 de julho, com a exibição de “O garoto e a bicicleta”, primeiro filme dirigido por Ridley Scott em 1965 (com o irmão Tom Scott no elenco) e da produção inédita portuguesa “A alma de um ciclista”, dirigida por Nuno Tavares. CINE BIKE conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Todas as atividades têm entrada franca.
Ao longo de duas semanas, serão exibidos filmes inéditos sobre mobilidade urbana realizados por diretores independentes de várias partes do mundo, clássicos do cinema que têm a bicicleta como um elemento relevante da narrativa, ficções, animações e títulos especialmente selecionados para o público infantil.
Grande parte das atividades acontecerá ao ar livre, fazendo um convite a pessoas de todas as idades. Estão na programação exibições em telão especialmente montado para o evento nos jardins do CCBB e numa tela de LED dedicada à programação infantil; passeio ciclístico contando com o apoio do Detran-DF; atividades educativas para crianças (como aprender a andar de bicicleta, por exemplo); área para food-bikes e várias outras ações.
E ainda palestras com nomes de ponta do pensamento sobre mobilidade urbana no Brasil e em Brasília, oficinas de manutenção básica para pequenos consertos de bicicletas, lançamento de livro, painel de debates e muito mais. Um grande evento de cinema, mas também um fórum de discussão, tendo a bicicleta como protagonista, dentro e fora da tela. A curadoria é do professor e crítico de cinema Sérgio Moriconi.
O Festival
Pela tela do CINE BIKE será possível assistir a filmes produzidos na França, Holanda, Portugal, Grã-Bretanha, Suécia, Itália, Alemanha e Brasil, em diferentes épocas do século XX e XXI. São títulos como “Carrossel da Esperança”, de 1949, comédia escrita e protagonizada por Jacques Tati; o premiado holandês “Porque pedalamos”; a célebre animação As Bicicletas de Belleville; o clássico italiano “Ladrões de Bicicleta”, de Vittorio de Sica; a produção inédita portuguesa “A alma de um ciclista”, de Nuno Tavares; e o sueco “Bikes vs Carros”, de Fredrik Gertten.
Também integram a programação a comédia francesa “Pânico na cidade”, de Yann Le Quellec; o curioso “Velotopia”, do francês Erik Fretel; o histórico “Meu segredo italiano”, do italiano Oren Jacoby, e a produção alemã “O quadro invisível”, de Cynthia Beatt, além de “A Rainha bicicleta”, de Laurent Védrine, o brasileiro “A volta em Minas”, a produção brasiliense “No rastro das cargueiras”, dentre muitos outros.
Entre os curtas, destaque para a produção cubana “As bicicletas de Havana” ( filme gentilmente cedido pela Kauri Multimedia); o delicioso “Os pivetes”, primeiro filme dirigido por François Truffaut; o norte-americano “Todos os corpos na Bike”, tratando de inclusão; o holandês “Mama Agatha” e o clássico de Jacques Tati, “Escola de carteiros”. As exibições terão entrada franca, mediante reserva de ingresso.
No primeiro final de semana do festival, atividades ao ar livre voltadas para crianças e adultos ensinarão a andar de bicicleta, fazer pequenos consertos e melhorar as bikes, além de oferecer dicas sobre pedalar em segurança, com participação de representantes do Detran-DF e do projeto Bike Anjo. Também haverá o lançamento do livro infantil “Pedalar é suave”, uma iniciativa da ONG Rodas da Paz, escrito por Josi Paz, inspirado na história do ciclista, sociólogo e ativista Raul Aragão, voluntário da ONG Rodas da Paz, que foi atropelado e morto, em 2017, na L2 Norte, quando voltava da Universidade de Brasília.
Nos dias 21, 27 e 28, os ‘Encontros Cine Bike’ vão reunir especialistas e usuários de bicicleta para debater sobre “Os avanços dos planos de mobilidade urbana no Brasil”, “A bicicleta como meio de locomoção e liberdade para pessoas com deficiência” e “Ruas e cidades humanizadas – Slowmovement”. Estarão reunidos representantes de entidades relevantes para a área, como a União dos Ciclistas do Brasil e a ONG Rodas da Paz, grande parceira do festival.
De 29 a 31 de julho, o Cine Bike promove a Mostra online, com exibição de 05 títulos selecionados da programação. Os filmes serão disponibilizados para acesso no site do evento, através da plataforma VIMEO no site do festival : www.cinebikebrasil.com.br. Cada título ficará acessível durante 24 horas. A intenção é ampliar ainda mais o alcance e a mensagem do festival. Estão no programa os longas “A alma de um ciclista”, de Nuno Tavares (Portugal, 2021) e “Bike vs Carros”, de Fredrikn Gertten (Suécia, 2015), e os curtas-metragens “O porta-voz” (Austrália, 2013), “Todos os corpos na bike” (EUA, 2020) e “Explorando as ruas de Estocolmo” (Suécia, 2014).
E no dia 30 de julho, fechando a programação presencial do festival, ciclistas de todas as idades serão convidados a participar de um Passeio ciclístico, saindo ( 9h) e retornando ao CCBB Brasília, cumprindo um total de cerca de 6 km de percurso. O passeio contará com o apoio do DETRAN e, ao final, os participantes serão convidados a permanecer no CCBB para uma grande festa junina.
Um festival que deseja atuar por um mundo mais solidário e cidadão, unindo o amor pelo cinema ao prazer de andar de bicicleta. Um espaço para o diálogo sobre o uso de energias renováveis e a utilização da bicicleta como alternativa saudável, limpa e econômica nas cidades brasileiras.
Cine Bike é uma produção da Objeto Sim Projetos Culturais, realização do Centro Cultural Banco do Brasil e conta com o apoio do DETRAN-DF, Embaixadas da Itália, Países Baixos, França, Suécia e Portugal e da ONG Rodas da Paz.
Programação
19/07 – TERÇA-FEIRA
TEATRO
19h30 – Abertura: O garoto e a bicicleta (27’, Ridley Scott, 1965). Livre + A alma de um ciclista (74’, Nuno Tavares, 2021). Livre
*Apresentação da sessão pelo curador Sérgio Moriconi, distribuição de cartazes colecionáveis. Intérprete de libras
20/07 – QUARTA-FEIRA
CINEMA
18h00 – Pânico na cidade (38’, Yann Le Quellec, 2014) + A volta em Minas (21’, Fernando Biagioni, 2021). Livre
20h00 – Bike vs Carros (91’, Fredrik Gertten, 2015). 12 anos
21/07 – QUINTA-FEIRA
CINEMA
18h00 – No rastro das cargueiras (71’, Carol Matias, 2020). 12 anos.
Sessão com a presença da diretora.
20h00 – O garoto da bicicleta (87’, Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, 2011). 14 anos
22/07 – SEXTA-FEIRA
CINEMA
18h00 – Ladrões de bicicleta (93’, Vittorio de Sica, 1948). 12 anos
20h00 – Velotopia (52’, Erik Fretel, 2012). 12 anos
23/07 – SÁBADO
ÁREA EXTERNA
9h30 às 12h00 – Atividades educativas realizadas pelo DETRAN-DF.
Intervenção artística com repentistas, mímicos, bonecos e apresentação teatral. Acesso Livre
10h00 às 12h00 – Oficina de mecânica básica. A oficina pretende ensinar como se virar no caso de um pequeno incidente com a bicicleta, como por exemplo trocar um pneu, remendar, ajustar a corrente, ajuste de freios, entre outros.
15h00 – Oficina “Pedalando com a Bike Anjo”. Atividade para ensinar crianças, jovens e adultos a andarem de bicicleta. Inscrições prévias.
ÁREA EXTERNA – TELA DE LED – VÃO CENTRAL DO CCBB
16h00 – Sessão infantil: Um, dois, árvore (7’, Yulia Aronova, 2014) + A bicicleta do elefante (9’, Olesya Shchukina, 2014) + Escola de Carteiros (15’, Jacques Tati, 1947) + Ciclo (2’15, Sophie Olga de Jong e Sytske Kok, 2019) + Pedalando com Molly (1’46’, Sara Chia-Jewel, 2021) + Ernest e Célestine no inverno (48’, Julien Chheng e Jean-Christophe Roger). Livre
CINEMA
15h30 – Pedalar é suave, de Flora Gondim (26’30, Flora Gondim, 2018) + Lulu vai de bike (15’, Edson Fogaça, 2019)
*Sessão seguida de debate com Saulo Dal Pozzo (editor do filme Pedalar é suave), Edson Fogaça e Luiza Davison (protagonista do filme Lulu vai de bike)
17h00 – Meu segredo italiano (92’, Oren Jacoby, 2014). 12 anos.
ÁREA EXTERNA – TELÃO
18h30 – Porque pedalamos (60’, Gertjan Hulster e Arne Gielen, 2020). Livre
24/7 – DOMINGO
ÁREA EXTERNA
10h00 às 12h00 – Lançamento do livro infantil “Pedalar é suave”, uma iniciativa da ONG Rodas da Paz, escrito por Josi Paz, com a presença do ilustrador, Pedro Sangeon.
– Atividades educativas realizadas pelo DETRAN-DF.
Intervenção artística com repentistas, mímicos, bonecos e apresentação teatral. Acesso Livre
– 11h00 às 12h00 – Oficina “Como melhorar a sua bicicleta” com o ciclista e terapeuta Marcelo Ribeiro. Área externa do CCBB. Inscrições prévias.
15h00 – Oficina “Pedalando com a Bike Anjo”. Atividade para ensinar crianças, jovens e adultos a andarem de bicicleta. Inscrições prévias.
CINEMA
15h00 – Elo Perdido – o Brasil que pedala (30’, Renata Falzoni, 2019) + Explorando as ruas de Estocolmo (13’, Clarence Eckerson Jr., 2014). Livre
17h00 – A rainha bicicleta (52’, Laurent Védrine, 2013). Livre
ÁREA EXTERNA – TELÃO
18h30 – As bicicletas de Belleville (80’, Sylvain Chomet, 2004). 10 anos
26/07 TERÇA-FEIRA
CINEMA
18h00 – O Caminho das nuvens (85’, Vicente Amorim, 2003). 14 anos
20h00 – O Sonho de Wadjda (97’, Haifaa Al Mansour, 2012). 12 anos
27/07 QUARTA-FEIRA
CINEMA
18h00 – As pernas de Amsterdam (13’, Wytse Koetse, 2015) + A alma de um ciclista (74’, Nuno Tavares, 2021). Livre
20h00 – Carrossel da esperança (86’, Jacques Tati, 1949). Livre
28/07 QUINTA-FEIRA
CINEMA
18h00 – As bicicletas de Havana (6’, Ian Clark e Diego Vivanco, 2014) + Todos os corpos na bike (13’21’, Zeppelin Zeerip, 2020) + Mama Agatha (16’, Fado Hindash, 2015) + Pai e filha (8’, Michael Dudok de Wit, 2000). 10 anos
20h00 – A rainha bicicleta (52’, Laurent Védrine, 2013). Livre
29/07 – SEXTA-FEIRA
CINEMA
16h30 – Curtas clássicos: Os pivetes (18’, François Truffaut, 1957) + Escola de Carteiros (15’, Jacques Tati, 1947) + O garoto e a bicicleta (27’, Ridley Scott, 1965). 12 anos
18h00 – O porta-voz (13’, Dean Saffron, 2013) + O homem que vivia em sua bicicleta (3’, Guillaume Blanchet, 2012) + Circulando pelo enquadramento (17’, Cynthia Beatt, 1988). 12 anos
20h00 – O quadro invisível (60’, Cynthia Beatt, 2009). 14 anos
30/07 – SÁBADO
ÁREA EXTERNA
09h00 – PASSEIO CICLÍSTICO – ENCERRAMENTO DA PROGRAMAÇÃO PRESENCIAL DO CINE BIKE – saindo e retornando ao CCBB Brasília. O passeio contará com o apoio do DETRAN.
ENCONTROS CINE BIKE
CINEMA
Dia 21/07
15h30 às 17h00 – “Os avanços dos planos de mobilidade urbana no Brasil”.
Com: Ana Luiza Carboni (União dos Ciclistas do Brasil), Joyce Ibiapina (Bike Anjo) e Cristina Rego de Queiroz (arquiteta e urbanista)
Dia 27/07
15h30 às 17h00 – “A bicicleta como meio de locomoção e liberdade para pessoas com deficiência”.
Com: Júlia Maia (ciclista), Cláudio Civati (representante paraciclismo no DF, Hevelym de Freitas Pereira do (representante do DV na trilha), com mediação de Uirá Lourenço (Criador do blog Brasília para Pessoas. Perfil no face/insta: @brasiliaparapessoas) Encontro com intérprete de libras.
Dia 28/07
15h30 às 17h00- “Ruas e cidades humanizadas – Slowmovement”.
Com: Renata Aragão (Coordenadora Geral da ONG Rodas da Paz), Ana Júlia Pinheiro (Idealizadora da campanha “Paz no Trânsito” de Brasília), e Bruno Amaral, arquiteto e urbanista, coordenador de Mobilidade Ativa na Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF. Mediação de Uirá Lourenço (criador do blog Brasília para pessoas. Perfil no face/insta: @brasiliaparapessoas).
MOSTRA DE FILMES ONLINE
De 29 a 31 de julho
SITE www.cinebikebrasil.com.br
*Cada filme ficará disponível para visualização por 24 horas.
29/7 – A alma de um ciclista (74’, Nuno Tavares, 2021)
30/7 – Bike vs Carros (91’, Fredrik Gertten, 2015)
31/7 – Sessão curtas: O porta-voz (13’, Dean Saffron, 2013) + Explorando as ruas de Estocolmo (13’, Clarence Eckerson Jr., 2014) + Todos os corpos na bike (13’21’, Zeppelin Zeerip, 2020)
SINOPSES
A ALMA DE UM CICLISTA
Doc, Portugal, 2021, 74min, Livre
Direção: Nuno Tavares
Sinopse: Através de um grupo de ciclistas “clássicos” e do seu interesse comum pela bicicleta clássica, vamos descobrir valores que estão se perdendo na sociedade moderna, como a importância da amizade, da ecologia, da valorização do antigo, da rejeição ao consumismo e de outras premissas importantes para atingir uma vida mais feliz, mais simples e mais preenchida com o que realmente importa. Neste documentário, as bicicletas nos transportam para a descoberta e reflexão de um outro estilo de vida, de novas relações pessoais, cheias de humanismo, antítese da sociedade “virtual” em que vivemos, muitas vezes feita apenas de aparências.
A RAINHA BICICLETA (LA REINE BICYCLETTE)
Doc, França, 2013, 52min, 14 anos
Direção: Laurent Védrine
Sinopse: Amplamente adotada pelos franceses no dia seguinte ao seu surgimento, no final do século 19, a bicicleta moderna é equipada com pneus, freios, pedais e corrente. Inicialmente uma atividade de lazer para os ricos, rapidamente se democratizou graças à segunda revolução industrial, que a tornou um produto acessível para as classes populares. A bicicleta virou sinônimo de revolução social. Em 1903, a criação do Tour de France transformou o ciclismo em esporte profissional muito popular, o que permitiu a jovens proletários fazerem carreira. O período pós-guerra marcou um declínio acentuado do ciclismo, em virtude da preferência dos franceses pelo automóvel. O carro para todos se transformou num dos credos dos “Trente Glorieuses”. Foi somente em maio de 1968 e com o nascimento da ecologia que a bicicleta experimentou um retorno. O filme apresenta a história social e política da relação dos franceses com a bicicleta, de 1890 aos dias atuais, entre a modernidade, as lutas sociais e a ecologia política.
A VOLTA EM MINAS
Doc, Brasil, 2021, 21min, Livre
Direção: Fernando Biagioni
Com: Fernando Biagioni
Sinopse: A turma do site Bikepacking Brasil (Fernando e Marcelo) embarcou em fevereiro de 2021 em uma viagem de bicicleta através de Minas Gerais. Do extremo norte ao extremo sul do estado, os dois percorreram quase 1500km em 14 dias. O filme apresenta um registro lindo dessa aventura, que emociona quem ama andar em duas rodas. Atravessar Minas Gerais de bicicleta era um sonho antigo que Fernando compartilhava com seu amigo Marcelo. Constantemente conversavam sobre as possibilidades de abrir o que chamava de “nosso quintal” e fazer um filme. Fernando comprou um mapa do estado, pendurou-o na sua sala de estar e, olhando para ele todos os dias, imaginou perspectivas, cenários, pesquisou regiões, características geográficas, terreno, clima e iniciou sua jornada ao lado do amigo Marcelo.
A BICICLETA DO ELEFANTE (THE ELEPHANT AND THE BICYCLE)
Animação, Bélgica/França, 2014, 9min, Livre
Direção: Olesya Shchukina
Sinopse: Um elefante vive na cidade entre pessoas normais e trabalha como varredor. Um dia, ele vê um enorme quadro de avisos que anuncia uma bicicleta que parece ser perfeita para seu tamanho. A partir deste minuto, a vida do elefante muda: ele quer ter a todo o custo aquela bicicleta! Mas quando tudo fazia parecer que ele finalmente iria realizar o seu sonho, o destino lhe prega uma peça. Essa linda animação ajuda as pessoas a verem que muitos indivíduos fazem coisas para outras, e essas pessoas são generosas e solidárias.
AS BICICLETAS DE BELLEVILLE (LES TRIPLETTES DE BELLEVILLE)
Animação, França, 2004, 80min, 10 anos
Direção: Sylvain Chomet
Sinopse: Champion (Michel Robin) é um menino solitário, que só sente alegria quando está em cima de uma bicicleta. Percebendo a aptidão do garoto, sua avó começa a incentivar seu treinamento, para fazê-lo um verdadeiro campeão e poder participar da Volta da França (Tour de France), principal competição ciclística do país. Porém, durante a disputa, Champion é sequestrado. Sua avó e seu cachorro Bruno partem então em sua busca, indo parar em uma megalópole localizada além do oceano, chamada Belleville. O filme tem um humor muito particular, elegante, de gags inventivas, de pouco ou nenhum diálogo, mas sempre muito crítico. Um humor ala Monsieur Hulot, a criação mais célebre do francês Jacques Tati.
AS BICICLETAS DE HAVANA (HAVANA BIKES)
Cuba, 2014, 6min, 10 anos
Direção: Ian Clark e Diego Vivanco
Sinopse: Os mecânicos de bicicleta da capital cubana têm ajudado a manter viva a cultura da bicicleta, apesar da dificuldade de encontrar as peças necessárias, permitindo que milhares de cidadãos usem diariamente esse meio de transporte. E mais: a situação provoca invenções próprias, como os ônibus-bicicleta, caminhões-bicicleta e táxi-bicicleta que fazem parte do transporte público da cidade e têm se convertido num símbolo da capital cubana. Um “mecânico de bicicletas” de Havana chega a consertar, em apenas em um dia, até 50 bicicletas. O filme rendeu aos diretores o Prêmio do Júri na quarta edição do Bike Short Film Festival.
AS PERNAS DE AMSTERDAM (DE BENEN VAN AMSTERDAM)
Doc, Holanda, 2015, 13min, 10 anos
Direção: Wytse Koetse
Sinopse: Retrato dos reparadores de bicicletas mais autênticos de Amsterdã. No ritmo acelerado do dia a dia da capital holandesa, Frans van der Meer dirige sua loja de bicicletas de 90 anos como um dos reparadores de bicicletas mais legítimos da cidade. Frans não apenas conhece seu ofício, mas também abriga um pedaço da velha Amsterdã, onde a cidade é como uma vila, onde os vizinhos são como uma família e as bicicletas são como pernas. O filme foi vencedor do Goldene Kurbel no Festival Internacional de Cinema de Ciclismo em 2015, muito em função da variedade de cenas de trabalho que ele captura, como também da visão que dá do conhecido “bairro de ciclismo” de Amsterdã.
BIKES VS CARROS
Doc, Suécia, 2015, 91min, 12 anos
Duração: Fredrik Gertten
Sinopse: Em tempos de uma crise generalizada, é necessário relacionar algumas discussões no que tange ao clima, recursos naturais e cidades. A indústria automobilística cresce desenfreadamente. Ciclistas militantes buscam mudanças radicais na mobilidade das grandes cidades. As diferenças do uso de bicicletas e de carros são gritantes na comparação entre algumas cidades, como São Paulo e Copenhague. Os carros atropelam pedestres e ciclistas em todos as partes do globo todos os dias, poluem o meio ambiente, provocam doenças respiratórias, principalmente em crianças e idosos, contribuem para o aquecimento do planeta — para ficar apenas nessa meia dúzia de problemas graves — e ainda assim continua havendo todo um sistema que os apoia e que impulsiona o crescimento desenfreado deles até o dia em que tudo entrará em colapso.
CARROSSEL DA ESPERANÇA (JOUR DE FÊTE)
Comédia, França, 1949, 86min, Livre
Direção: Jacques Tati
Sinopse: Em uma aldeia da França, um cinema é instalado. Um filme norte-americano sobre o serviço postal do país está passando. François, o antiquado carteiro do lugar, se esforça em aprender com os americanos como modernizar o serviço postal de sua cidade. François (Jacques Tati) é sabidamente um carteiro francês distraído e frequentemente interrompe suas tarefas para conversar com os habitantes da pequena cidade onde vive. Ele observa atenciosamente Marcel (Paul Frankeur) e Roger (Guy Decomble) montarem sua feira. Nos dias que se seguem à projeção do filme, François inicia uma nova jornada em sua bicicleta.
CICLO (CYCLE)
Animação, Holanda, 2019, 2min15seg, Livre
Direção: Sophie Olga de Jong e Sytske Kok
Sinopse: Uma pequena história contada como se fosse um ciclo em espiral sobre uma menina que aprende a andar de bicicleta com seu avô e descobre que é onde a estrada termina que começa a verdadeira aventura. Este delicado e extraordinário pequeno filme participou de alguns dos principais festivais mundiais do gênero, entre eles, Nederlands Film Festival, ChildrenFilm Festival Seattle, Anima Brussels, Anima Mundi, Cinanima (Portugal/Espanha).
CIRCULANDO PELO ENQUADRAMENTO (CYCLING THE FRAME)
Doc/Ensaio, Alemanha, 1988, 17min, 12 anos
Direção: Cynthia Beatt
Elenco: Tilda Swinton
Sinopse: Em 1988, a atriz Tilda Swinton percorreu o Muro de Berlim de bicicleta, acompanhada pela cineasta Cynthia Beatt. Começando e terminando no Portão de Brandemburgo, ela nos leva a uma jornada ao mesmo tempo idílica, surreal, caprichosa e deprimente. Enquanto viaja por campos e bairros históricos, o Muro é uma presença constante na paisagem. Mas Swinton não é uma turista passiva. Ela provocativamente tira uma Polaroid de uma torre de guarda da Alemanha Oriental e acena a foto para os guardas, faz uma pausa para colher ervas finas sob os olhos de outra torre e recita poesia. “Cycling the frame” é um documento histórico fascinante, sobretudo quando pensamos que o Muro – aparentemente tão sólido e permanente – seria rompido apenas um ano depois e desapareceria.
ELO PERDIDO – O BRASIL QUE PEDALA
Doc, Brasil, 2019, 30min, Livre
Direção: Renata Falzoni
Sinopse: Em um Brasil cada vez mais motorizado, onde carros e motos são tidos como prioridade nas ruas, milhares de brasileiros permanecem dando preferência à utilização de bicicletas como principal meio de locomoção. Mais do que uma simples escolha, a alternativa reflete um momento peculiar do país, além de levantar reflexões a respeito da crescente industrialização. Aproveitando o tema atualíssimo da mobilidade, o novo documentário de Renata Falzoni vem a calhar. Falzoni é uma das primeiras mulheres a se dedicar ao jornalismo esportivo, fotógrafa, videorrepórter, bike repórter, cicloativista e também uma das pioneiras na valorização do uso da bicicleta no Brasil.
ESCOLA DE CARTEIROS
Ficção, França, 1947, 15min, Livre
Direção: Jacques Tati
Sinopse: Em 1943, Jacques Tati refugia-se numa aldeia no centro da França. Tornando-se próximo desta extraordinária comunidade, decide fazer seus primeiros filmes ali. “Escola de Carteiros” e “Há Festa na Aldeia” (Carrossel da Esperança) têm a mesma personagem do carteiro acrobático que sonha fazer a sua distribuição mais rápida do que os carteiros americanos. Dono de um senso de tempo e espaço aguçado, Tati concebia com precisão geométrica seus cenários em tom bem-humorado, ironizando certos absurdos sociais impostos em nome da modernidade. No curta “Escola de Carteiros”, primeiro filme que dirigiu (1947), o atrapalhado carteiro tenta fazer seu trabalho da maneira mais eficiente possível, apesar de sua “bicicleta rebelde”.
EXPLORANDO AS RUAS DE ESTOCOLMO (EXPLORING THE STREETS OF STOCKHOLM)
Doc, Suécia, 2014, 13 min, Livre
Direção: Clarence Eckerson Jr.
Sinopse: O filme mostra Estocolmo como uma cidade para pessoas e as ações voltadas para o transporte ativo: caminhadas e bicicletas. Também aborda a política para zerar os acidentes com mortes, a chamada “vision zero”.
LADRÕES DE BICICLETA
Drama, Itália, 1948, 93min, 12 anos
Direção: Vittorio de Sica
Sinopse: Desempregado, Antonio Ricci (Lamberto Maggiorani) está eufórico quando finalmente encontra trabalho colocando cartazes pela cidade de Roma, destruída pela guerra. Sua esposa Maria (LianellaCarell) vende os lençóis da família para resgatar a bicicleta de Antonio da loja de penhor, para que ele possa aceitar o trabalho. Porém, o desastre ataca, quando a bicicleta de Antonio é roubada. O filme se passa na Itália durante o período pós-guerra, sendo um dos exemplos do neorrealismo italiano. Foi um dos primeiros longas-metragens a vencer o Oscar de melhor filme estrangeiro.
LULU VAI DE BIKE
Docudrama, Brasil, 2019, 15min, 12 anos
Direção: Edson Fogaça
Sinopse: É o aniversário de Lulu e ela tem um compromisso no outro lado da cidade. Seus avós querem buscá-la de carro, mas ela prefere ir de bicicleta! No caminho, ela encontra amigos e conhece pessoas, o que a faz chegar atrasada ao evento. Lulu é Luisa Davidson, filha do biólogo Pedro Davison, que morreu atropelado aos 25 anos, enquanto pedalava em Brasília, em 19 de agosto de 2006. Em homenagem a Pedro foi aprovada a Lei 13.508/2017, que celebra o Dia Nacional do Ciclista. Em 15 minutos, o filme mostra Lulu fazendo um trajeto em Brasília numa bicicleta de aluguel com destino à celebração da passagem do pai e do aniversário dela. O local escolhido é o mesmo Eixão Sul, local do atropelamento. Ela reúne-se com amigos e família para depositar flores junto à Ghost Bike que foi colocada no local como forma de lembrar a tragédia.
MAMA AGATHA
Doc, Holanda/Jordânia, 2015, 16min, Livre
Direção: Fado Hindash
Sinopse: Agartha Frimpong, apelidada de Mama Agatha, é uma ganense de 59 anos que dirige um programa de treinamento em bicicleta para mulheres migrantes e refugiadas no sul de Amsterdã. Uma ‘mãe comunitária’ com uma personalidade grandiosa, ela ensina a um grupo de mulheres do Paquistão, Marrocos, Somália, China e outros lugares uma das habilidades holandesas mais básicas: andar de bicicleta. O curso de verão da Mama Agatha termina com uma colorida cerimônia de formatura, onde as mulheres migrantes recebem seus diplomas e saem para as ruas de Amsterdã em suas bicicletas novas. Premiado em diversos festivais, este pequeno documentário acompanha Mama Agatha e seus alunos, ao longo de 12 semanas, em sua jornada desde os primeiros passos com a bicicleta até a formatura.
MEU SEGREDO ITALIANO (MY ITALIAN SECRET: GLI EROI DIMENTICATI)
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