Brasil reduz à metade número de pessoas que passam fome e cumpre Meta do Milênio

 Produtos da agricultura familiar são incorporados a merenda de escola pública em Salvador. Foto: Carol Garcia/Secom-BA

Produtos da agricultura familiar são incorporados a merenda de escola pública em Salvador. Foto: Carol Garcia/Secom-BA

 

Nos últimos dez anos, o Brasil conseguiu reduzir à metade sua população que sofre com a fome e cumpriu assim com um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pelas Nações Unidas (ONU) para 2015. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 16 de setembro, por meio de um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O documento assinala que o programa Fome Zero fez da fome um problema fundamental incluído na agenda política do Brasil a partir de 2003. Nos períodos 2000-2002 e 2004-2006, a taxa de desnutrição no País foi reduzida de 10,7% para menos de 5%. Segundo a ONU, a diminuição da fome e da pobreza extrema tanto em zonas rurais como urbanas é o “resultado de uma ação coordenada entre o governo e a sociedade civil, mais que de uma só ação isolada”.

As políticas econômicas, destaca o relatório, e os programas de proteção social, combinados ao mesmo tempo com ações para a agricultura familiar, contribuem à criação de empregos e ao aumento de salários, assim como à diminuição da fome. Todos estes esforços realizados pelo Brasil permitiram que a pobreza fosse reduzida de 24,3% a 8,4% entre 2001 e 2012, enquanto a pobreza extrema também caiu de 14% a 3,5%.

O relatório também evidencia que outro dos pilares fundamentais da política de segurança alimentar no Brasil é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que proporciona refeições gratuitas aos alunos das escolas públicas e do qual se beneficiaram mais de 43 milhões de crianças em 2012.

Os ODM são uma lista de oito indicadores, estabelecidos pela ONU no ano 2000, que tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população mundial no horizonte de 2015.

* Publicado originalmente no site EcoD.