Sociedade

Identidade de Gênero é reconhecida nas escolas estaduais de São Paulo

Em unidade da capital paulista com mais estudantes que adotaram o nome social, o uso dos banheiros das unidades deve ser feito de acordo com a identidade de gênero assumida pelos estudantes

Entre os 365 estudantes que usam o nome social na rede estadual, direito garantido aos alunos paulistas, a Escola Estadual Rodrigues Alves, no centro de São Paulo, é a que concentra o maior número de matrículas. São 28 estudantes que optaram pela mudança de acordo com a sua identidade de gênero. Na unidade de ensino, todos e todas usam o banheiro de acordo com o gênero que se reconhece.

De acordo com o diretor da escola, professor Donizete Hernandes Leme, o respeito aos alunos travestis e transexuais é tema constante de discussões na escola, assim como o respeito às diferenças.

“Estamos sempre atentos a esta questão. Não posso dizer que foi um trabalho fácil no começo, o convencimento de que o banheiro deve ser utilizado de acordo com a sua identidade, mas tentamos trazer este assunto sempre para reflexão no ambiente escolar. Cada vez mais percebemos que os alunos estão mais confortáveis e respeitosos”, reconhece.

Assim como na escola Rodrigues Alves, todas as unidades de ensino da rede estadual devem seguir as recomendações da Secretaria da Educação para o uso do banheiro e respeito ao tratamento por identidade de gênero.

Por isso, a Pasta organizou uma série de documentos orientadores e videoconferências sobre o assunto, que estão disponíveis para as diretorias regionais de ensino e escolas estaduais. Além disso, todos devem seguir a lei estadual nº 10.948, que versa sobre discriminação em razão de orientação sexual e identidade de gênero. (#Envolverde)