Mais da metade dos países estão despreparados para combater o câncer

Mais da metade dos países em todo o mundo lutam para prevenir o câncer e fornecer tratamento para os pacientes, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a agência das Nações Unidas, falta nessas nações um plano de controle, que inclui prevenção, detecção precoce, tratamento e cuidados. No Dia Mundial do Câncer, lembrado na segunda-feira, 4 de fevereiro, a OMS destacou ser urgente ajudar a reduzir as mortes por câncer e fornecer tratamento adequado em longo prazo.

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo: foram 7,6 milhões de vidas perdidas por conta da doença só em 2008. Todos os anos, são registrados quase 13 milhões de novos casos. A OMS afirma que dois terços dos registros e das mortes ocorrem em países em desenvolvimento.

A agência lembra que o tabaco, a obesidade, o uso exagerado de bebidas alcoólicas e as infecções aumentam os riscos de morte para pacientes com câncer. Mas se detectados cedo, casos de câncer de mama, do reto ou cervical podem ser curados com sucesso.

Alguns mitos

Apenas 17% dos países africanos e 27% dos países de baixa renda têm planos de controle e dinheiro suficiente para prevenir a doença. Em 2013, a campanha do Dia Mundial do Câncer enfatiza a melhoraria acerca dos conhecimentos e busca acabar com os mitos sobre a doença.

De Washington (EUA), o consultor de comunicação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Ary Silva, falou à Rádio ONU sobre o tema.

“O tema deste ano é Câncer: Você Sabia?, que pretende mostrar para as pessoas que é realmente um problema muito sério, que elas têm de estar sempre pensando nas formas mais básicas de evitar e também, sob a suspeita de qualquer sintoma, procurar um médico”, destacou o especialista.

Segundo Ary, os mitos geralmente dizem que o câncer só dá em ricos ou em países desenvolvidos. “Hoje em dia a gente já sabe que é uma epidemia global, que afeta todos os grupos de idade e socioeconômicos. Mas, por outro lado, é possível prevenir até 30% desses casos com as estratégias adequadas.”

Mulheres

De acordo com a OMS, menos de 50% dos países têm registros sobre o câncer. O cadastro é crucial para obter informações de alta qualidade sobre o total de casos e tipos de câncer, para que políticas nacionais eficazes possam ser implementadas.

Entre terça (5) e quinta-feira (7) a Opas realiza na capital norte-americana, Washington, a primeira reunião da Iniciativa do Câncer na Mulher. No encontro será debatida a prevenção e controle do câncer cervical, de útero e de mama nos países do continente americano.

* Publicado originalmente no site EcoD.