Em ano marcado por crises política, econômica e catástrofe ambiental, a colaboração entre empresas, governos e cidadãos possibilitou a realização de um novo acordo global do clima em Paris.
Fevereiro, 2016 – O ano de 2015 foi marcado por crises política e econômica, catástrofe ambiental em Minas Gerais e aumento da sensação de insegurança no Brasil e no mundo. Felizmente, a colaboração entre empresas, governos e cidadãos possibilitou a realização de um novo acordo global do clima em Paris.
A COP 21 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) uniram diversas nações em torno de um plano para a construção de um futuro mais próspero, justo e ambientalmente equilibrado. Para isso, será preciso muito trabalho em 2016.
Em 2015, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) atuou por meio do Conselho de Líderes, Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, We Mean Business e Low Carbon Technology Partnerships iniciative (LCTPi) para encaminhar as demandas do setor empresarial. Essas articulações foram essenciais para a construção do compromisso brasileiro (INDC) e para mostrar aos negociadores da COP soluções que poderiam viabilizar um documento ambicioso como o que foi fechado ontem. Essas ações continuarão sendo fundamentais para a concretização do acordo.
Os esforços agora se traduzirão em fazer valer o documento de Paris, iniciando o processo de implementação das INCDs já no período pré-2020. As empresas atuaram firmemente na COP para definir critérios de precificação de carbono e esse é um passo fundamental para decisões de planejamento rumo a uma nova economia.
Para dar vida ao acordo, é crucial que soluções colaborativas e inovadoras ganhem escala e que as empresas de todo o mundo assumam suas responsabilidades reduzindo suas emissões e liderando a transição para uma economia de baixo carbono.
“O CEBDS vai trabalhar ativamente, a partir de agora, com foco na implementação do acordo de Paris, da INDC brasileira e das propostas de parcerias público-privadas apresentadas ao governo por meio do Conselho de Líderes, nas áreas de energias renováveis, consumo inteligente de energia e mobilidade. Água e Cidades serão os outros temas que irão concentrar os esforços do CEBDS em 2016”, afirma Marina Grossi, presidente do CEBDS.
Segue abaixo a relação dos principais projetos desenvolvidos pelo CEBDS ao longo do ano:
Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura
A Coalizão busca impulsionar o Brasil para assumir um papel de liderança no esforço global para enfrentar a mudança do clima, em aspectos relacionados tanto à mitigação quanto à adaptação, visando uma transição para a sustentabilidade nas florestas e na agricultura. É um movimento do qual fazem parte associações empresariais, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos que buscam contribuir para uma economia de baixo carbono pautada na preservação e uso sustentável das florestas, bem como em uma agricultura mais sustentável.
We Mean Business
We Mean Business é uma coalizão global formada por lideranças que estão revolucionando suas práticas de negócios, criando grandes oportunidades face às mudanças do clima que enfrentamos nas últimas décadas. Estas lideranças reconhecem a transição para uma economia de baixo carbono como a única maneira de garantir um crescimento econômico sustentável, capaz de levar a prosperidade para todo mundo. Assim nasce essa iniciativa, que promove as melhores práticas, incentiva políticas públicas inteligentes e une todos os setores da economia, com a finalidade de vencer desafios e promover as mudanças que o planeta precisa. O CEBDS tem o papel fundamental de reforçar a narrativa junto a sua cadeia de valor e de divulgar, em suas redes, as soluções e propostas fundamentais que a coalizão We Mean Business preconiza.
LCTPi
A iniciativa LCTPi (Low Carbon Technology Partnerships Initiative) é uma união do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), da Agência Internacional de Energia (IEA) e da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN), que visa promover parcerias público-privadas para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, a um nível e velocidade que são consistentes com o objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2°C em comparação com os níveis pré-industriais.
O LCTPi surge como uma solução e atua como uma plataforma, reunindo todos os principais interessados – associações empresariais, empresas individuais, governos, organizações internacionais, experts e academia, investidores públicos e privados – para um diálogo e um acordo sobre as medidas concretas necessárias para acelerar inovações tecnológicas de baixo carbono, dar escala e difundir soluções.
Sustentável 2015
O “7º Congresso Internacional Sustentável 2015”, promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), reuniu cerca de 800 pessoas no auditório do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Com foco nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) e na Conferência de Clima de Paris (COP 21), os convidados foram instigados a dissertar sobre a nova agenda do desenvolvimento econômico e sustentável do planeta, além de responder a pergunta tema do Congresso: “O Futuro é Agora?”.
Conselho de Líderes
O Conselho de Líderes tem o objetivo de aprofundar o diálogo com o governo e desenvolver um plano de trabalho em conjunto, avançando a partir das 22 propostas do documento “Agenda CEBDS – Por um País Sustentável” lançado em 2014. Dentre essas propostas, três delas foram priorizadas: mobilidade, geração de energia limpa e consumo inteligente. O Conselho é composto pelos setores público e privado e conta com representantes da sociedade civil, nomeados “observadores”. Seu objetivo é instituir um diálogo permanente sobre a agenda do desenvolvimento sustentável, com o apoio e implementação por parte do governo e das empresas.
COP 21
O CEBDS participou ativamente da COP 21 com uma delegação composta por representantes de 12 empresas associadas e porta-vozes que reportam diariamente os eventos, as negociações do novo acordo por meio do envio de notas, fotos e vídeos. Todo o conteúdo foi transformado em notícia e divulgado em um hotsite (www.cebds.org/cop21) que possibilitou aos leitores acompanhar os passos para o acordo que representa um marco histórico e um bom ponto de partida para a construção de uma economia de baixo carbono, o que exigirá muitos esforços do governo, do setor privado e da sociedade como um todo. (#Envolverde)