A savana brasileira, conhecida também como Cerrado, que se espalha pelo centro do país e ocupa um quarto de seu território, sucumbe mais rápido ao desmatamento da floresta amazônica. Rico em espécies de plantas e animais, o cerrado está mais ameaçado de extinção, mesmo sendo o berço das águas nacionais.
De 2000 a 2015, a vegetação perdeu 236 mil quilômetros quadrados (km2) de cobertura vegetal, uma área quase do tamanho do Estado de São Paulo (248 mil km2), segundo os dados de um boletim do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Em 15 anos, desapareceram 12% do bioma, para dar lugar a soja, milho, algodão e bois.
No mesmo período, a Amazônia viu sacrificada uma superfície menor, de 208 mil km2. E toda essa devastação no cerrado ainda lançou na atmosfera mais de 8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa.
Cerca de 40% do carbono desprotegido se acha no cerrado. Isso ocorre porque a savana brasileira está sob pressão maior da fronteira agrícola e porque ali as exigências de reserva legal (25% da propriedade) são menores que no bioma amazônico (80%). (#Envolverde)