Sociedade

Lançado atlas dos remanescentes da Mata Atlântica em Santa Catarina

A Fundação SOS Mata Atlântica divulga um novo mapeamento do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de Santa Catarina. O levantamento amplia de 3 hectares (ha) para 1 ha a área mínima da cobertura vegetal nativa identificada por meio das imagens captadas por satélite. Com isso, foi possível obter um retrato mais preciso da situação do bioma no estado, incluindo a visualização de fragmentos florestais naturais menores e em estágios iniciais de regeneração.

O estudo revela que o estado de Santa Catarina tem hoje 41,4% (3.967.603 ha) de sua Mata Atlântica original, sendo que 11,9% (1.136.317 ha) são áreas de até 1 ha, identificadas pela primeira vez nesse levantamento. Pela metodologia anterior de 3 ha, considerava-se que o total da vegetação nativa remanescente no estado era de 29,6% (2.831.421 ha).

A análise foi apresentada no seminário “Santa Catarina (ainda) é Mata Atlântica”, realizado pelo Ministério Público de Santa Catarina no último dia 23, em Florianópolis. Foi também encaminhada ao governador catarinense, Raimundo Colombo, ao secretário de estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini, ao presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina – IMA/FATMA, Alexandre Waltrick Rates, e ao coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Santa Catarina, Paulo Antonio Locatelli.

O Atlas dos Remanescentes Florestais é uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da Arcplan. O levantamento existe há 31 anos e incluía a identificação de áreas preservadas com mais de 3 ha. Ao ampliar o detalhamento dessa leitura, foi possível incorporar áreas naturais, vegetação de porte florestal natural com sinais de alteração (como clareiras) e em estágio inicial de regeneração. (#Envolverde)