O Global Risks Report 2018, produzido pelo World Economic Forum (WEF) com o apoio da seguradora Zurich, apontou que as ameaças ambientais e tecnológicas estão no topo do ranking de riscos globais em termos de impacto e probabilidade para este ano. Esta é a 13ª edição do relatório, que é baseado na Pesquisa de Percepção de Riscos Globais, respondida por 900 membros do WEF, entre lideranças empresariais, acadêmicas e sociedade civil.
De acordo com dados do relatório, os riscos ambientais cresceram de forma relevante nos últimos anos. Essa tendência continuou este ano, com os cinco riscos na categoria ambiental sendo classificados acima da média para probabilidade e impacto em uma perspectiva de dez anos. Pela segunda vez consecutiva, em treze anos de relatório, os principais riscos globais em termos de probabilidade são os eventos climáticos extremos.
Os riscos de segurança cibernética também estão crescendo, tanto em prevalência como em potencial disruptivo. Os ataques contra as empresas quase duplicaram em cinco anos e os incidentes, que já foram considerados extraordinários, estão se tornando cada vez mais comuns. “Os ataques cibernéticos e a fraude massiva de dados aparecem nos cinco principais riscos globais por probabilidade. O relatório destaca que o custo do crime cibernético para as empresas deverá representar US$ 8 trilhões nos próximos cinco anos, o equivalente ao PIB atual do Reino Unido, França e Alemanha juntos”, afirma Edson Franco, CEO da Zurich.
Já no ambiente econômico, os indicadores sugerem que o mundo está finalmente voltando ao normal após a crise global, que emergiu há dez anos. Porém, o relatório aponta que esta imagem positiva contrasta com preocupações que devem ser levadas em consideração. A economia global enfrenta uma mistura de vulnerabilidades de longa data e ameaças mais recentes que evoluíram nos anos desde a crise. Os riscos conhecidos incluem preços de ativos potencialmente insustentáveis e aumento do endividamento, particularmente na China. Entre os novos desafios, estão o poder de fogo da política em caso de nova crise, as ameaças da intensificação da automação industrial e o aumento de pressões mercantilistas e protecionistas em um cenário crescente de políticas nacionalistas e populistas.
“Embora a gestão dos riscos convencionais esteja melhorando progressivamente, é necessária uma atenção maior para enfrentar riscos complexos nos sistemas interligados que sustentam nosso mundo, como organizações, economias, sociedades e meio ambiente. Existem sinais de tensão em muitos desses sistemas, já que o ritmo acelerado de mudança está testando as capacidades de absorção de instituições, comunidades e indivíduos”, afirma Edson Franco, CEO da Zurich. (#Envolverde)
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