Começa nessa semana, a primeira aula do Incentivar, um projeto da Monsanto, multinacional de agrotóxico e biotecnologia, em parceria com a Simbiose Social, que tem como principal objetivo capacitar ONGs de cidades onde a empresa tem operações para que consigam capitar recursos via Leis de Incentivo Fiscal com mais efetividade. A Monsanto, que foi adquirida pela Bayer, vem numa tentativa de melhor sua imagem junto ao público, já que é alvo em todo mundo de denúncias de prejuízos ambientais e uso de pesticidas e agrotóxicos altamente nocivos a saúde tanto de humanos como da fauna existente nos locais onde são aplicados.
O projeto Incentivar foi criado neste ano para contribuir com a manutenção e crescimento de empresas e instituições do terceiro setor, contando com três temas-chaves em formato de webinar como Gestão de Projetos Sociais e Organização Financeira, Plano de Comunicação e Captação de Recursos, e Processo de Inscrição em Editais/Leis.
Entre as cinco ONGs que participam da primeira edição do Incentivar, está o Adus, Instituto de Reintegração do Refugiado. Fundado em 2010, o instituto atua junto aos refugiados e outros estrangeiros vítimas de migrações forçadas, a fim de reduzir os obstáculos para sua efetiva reintegração na sociedade. Pensando nisso, o Instituto Adus oferece aulas de português, cursos de qualificação profissional, preparação para recolocação no mercado de trabalho, empreendedorismo, entre outros.
“Grande parte das ONGs sofrem com falta de apoio e investimento. Por isso, é muito comum que o trabalho seja desenvolvido por voluntários, que acabam não conseguindo se dedicar por completo à instituição, o que dificulta o desenvolvimento de qualquer instituição”, diz Marcelo Haydu, diretor-executivo do Instituto Adus. “O projeto nos auxiliará a ter outras fontes de recursos, que são fundamentais para manter nossos projetos sociais. Esperamos aprender mais sobre gestão de projetos sociais, algo fundamental no desenvolvimento do nosso trabalho. Dessa forma, esperamos expandi-lo para ajudarmos cada vez mais pessoas em situação de refúgio”. (#Envolverde)