Os produtos químicos utilizados nas estações de tratamento e água de alguns municípios não estão sendo entregues devido à greve dos caminhoneiros, iniciada na última segunda-feira e que atinge 24 estados brasileiros e o Distrito Federal. Entre as regiões atingidas, estão São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Essa situação pode gerar falta de água potável e diminuição na vazão com o objetivo de manter o atendimento a serviços essenciais como hospitais. Para reverter esse quadro, o estado do Rio de Janeiro utilizou escoltas para a retirada de produtos e em regiões do Paraná houve acordos para que fosse permitida a circulação de caminhões com esses produtos nas estradas.
Além dos fabricantes de produtos para o tratamento de água, outro setor da indústria química que sente os efeitos da paralisação é o segmento de gases medicinais, que encontra dificuldades para a entrega de oxigênio líquido medicinal, produto utilizado para a manutenção e preservação da vida de pacientes em UTI’s, CTI’s em estado crítico, ou que estejam sofrendo de crise respiratória.
A greve já afeta alguns segmentos da indústria química brasileira, principalmente no transporte de produtos que saem dos polos petroquímicos para os portos e na chegada de matérias-primas importadas. O acúmulo de estoques em algumas plantas pode gerar a diminuição da produção em maio.
Outro agravante é que o transporte de produtos químicos no Brasil concentra-se no modal rodoviário. Além de prejudicar as empresas com atrasos de entregas, os caminhões com produtos químicos parados nas estradas e em meio a manifestações representam um risco em potencial de vazamento ou possíveis acidentes. O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, afirma: “é um direito daquele que se sente prejudicado reclamar, mas o protesto deve ser pacífico, para evitar acontecimentos que coloquem em risco a vida desses trabalhadores”. (#Envolverde)
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