Por Cristiana Xavier de Brito, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BASF para América do Sul –
É inegável a importância que a responsabilidade social e a filantropia têm desempenhado no desenvolvimento das empresas em diversos setores ao longo dos anos, principalmente no que diz respeito à construção de reputação. Recentemente, o mundo corporativo deu um passo além e passou a casar essas iniciativas com seus planos de negócios. É isso que conhecemos como Valor Compartilhado, ou “share value”, no termo em inglês. Hoje, muitas corporações já trabalham alinhando investimentos sociais e resultados operacionais, gerando mais valor para a cadeia produtiva e beneficiando todos os envolvidos no processo.
Trabalhar de forma compartilhada é muito mais desafiador. Para isso, as empresas precisam analisar seus mercados, identificar oportunidades e verificar os recursos que possuem para conseguir adaptar suas estratégias de negócio. Ou seja, é preciso um estudo criterioso das possibilidades e de como se apropriar daquilo que realmente fará sentido investir. Feito isso, esse trabalho abre inúmeras possibilidades como o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de gestão, que podem aumentar a produtividade e expandir mercados.
Temos um exemplo desse pioneirismo na BASF. A empresa tem atuado fortemente nesta direção, não apenas com projetos de Valor Compartilhado próprios, mas também promovendo o debate entre seus parceiros e clientes, estimulando outras empresas a atuar de forma mais efetiva e trabalhar em conjunto.
A proposta vem ganhando mais adeptos nos últimos anos. Elas existem tanto em economias avançadas como em países em desenvolvimento, em diversos setores. Em tempos de dificuldades econômicas, este conceito se transformou na chave para guiar as próximas ondas de inovação e crescimento nas empresas.
É importante lembrar que Valor Compartilhado tem a ver com propósito. A BASF, por exemplo, tem no seu core criar soluções para um mundo sustentável e ser uma empresa rentável ao mesmo tempo. É o que chamamos de “Jeito E”. Logo, quando a empresa olha para a agricultura de uma região, ela pensa em como ajudar os produtores a prosperar. Eles se desenvolvem, crescem e a empresa vende mais. É um ciclo virtuoso produtivo e duradouro, que busca enxergar os problemas e apresentar soluções sustentáveis e viáveis para cada região.
Felizmente, hoje existem muitas formas de se relacionar com comunidades, clientes e consumidores, o que facilita a identificação de necessidades e anseios destes públicos. As empresas têm chance de ouvir as demandas dos consumidores e clientes atendê-las, ao mesmo tempo que trabalha na melhoria dos processos.
Acredito que as grandes empresas têm um papel fundamental na liderança deste processo. Elas podem inspirar e ajudar as pequenas, analisando toda a cadeia produtiva e desenvolvendo projetos significativos para todos. Por sua vez, as pequenas têm muito a ensinar também! Cada vez mais as corporações estão buscando parcerias com startups, ou seja, existe um grande interesse em desenvolver novos empreendedores.
Mesmo com todo o avanço, incorporar o conceito de Valor Compartilhado à sua estratégia ainda é um desafio, pois muitas empresas precisam rever seus modelos de negócios. Acredito que temos um mundo de possibilidades a explorar, o importante é estarmos abertos a identificar esses novos caminhos e sermos otimistas.
Tenho certeza que, quando trabalhamos juntos, só geramos mais força e crescimento. Assim ganhamos todos, as empresas e a sociedade em geral. (#BASF)