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Empresa nega que complexo eólico afetará araras

A empresa Voltalia responsável pelo Complexo Eólico de Canudos na Bahia responde a matéria da Fundação Biodiversitas publicada na Envolverde no último dia 26/05.

Leia a íntegra abaixo:

Em relação à matéria replicada no site com o título “Empreendimento francês ameaça arara-azul na Bahia, a Voltalia gostaria de esclarecer os seguintes pontos:

  • A empresa realizou na região estudos para avaliação de impactos e de benefícios sociais, econômicos e ambientais, com propostas de ações de controle/mitigação da fauna e flora;
  • O projeto possui todas as licenças necessárias para a fase atual;
  • Especificamente na Bahia, região que abriga o Cluster Canudos, como parte da aprovação do licenciamento ambiental expedido pelo INEMA – Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos da Bahia, está sendo desenvolvido, pela Voltalia, um Programa de Conservação da Arara-azul-de-lear coordenado pela bióloga Érica Pacífico, coordenadora do Programa de Conservação da Arara-azul-de-lear, para anular, minimizar ou mitigar os possíveis impactos que possam surgir em virtude da instalação do empreendimento;
  • Referência no tema, a bióloga foi contratada pela companhia com o objetivo de prestar consultoria no desenvolvimento do projeto e seu potencial impacto para as aves da região. O programa prevê a pesquisa de aspectos da ecologia dessa espécie, além de elucidar todas as questões prioritárias que são desconhecidas até então e que são necessárias para entender se haverá qualquer potencial implicação causada pelos aerogeradores;
  • A pesquisa pretende rastrear e sanar as dúvidas sobre as formas de uso do habitat e comportamento da Arara-azul-de-lear, apontando suas rotas de voo, altura (que não é conhecida), os horários de deslocamento e a sazonalidade desses deslocamentos;
  • Com os resultados, critérios operacionais serão adotados para o funcionamento dos aerogeradores, eliminando os riscos de colisão. “Até o momento não existem evidências de que haverá um real impacto da presença do parque eólico na dinâmica populacional das araras”, afirma a bióloga Érica Pacífico, que também coordena o Programa de Conservação do Licuri, alimento da espécie;
  • A Voltalia investiu, até agora, cerca de R$ 2 milhões no Programa de Conservação da Arara-azul-de-lear que visa proteger e preservar a espécie.

Sobre a interação das Araras com o projeto:

  • A interação das araras com complexos eólicos será estudada utilizando como referência dados reais da ecologia de movimento da espécie, os quais estão sendo coletados neste momento, ao longo do processo de implementação do empreendimento e, também, serão coletadas ao longo do processo de operações. Todo o material coletado gerará os dados necessários para subsidiar o controle de eventuais impactos;
  • A Voltalia está trabalhando com muita seriedade nessa questão. O programa de Conservação prevê uma pesquisa de médio prazo fazendo uso de geolocalizadores (biologgers) em araras para estimar a área de vida da espécie. Além disso, o parque eólico fará uso de tecnologia específica para identificação da aproximação de indivíduos em voo no entorno dos aerogeradores. A tecnologia de identificação de indivíduos em voo a ser utilizada (https://www.identiflight.com/) possibilitará interromper a operação do aerogerador, minimizando o risco de colisão. Esse tipo de tecnologia já vem sendo adotado, apresentando resultados satisfatórios em outras localidades, fora do Brasil;
  • Ao longo de 2021, a consultoria especializada na espécie terá dados necessários para subsidiar controle de eventuais impactos. Estes estudos servirão de referência para a adoção de regras operacionais do empreendimento que levem em consideração o comportamento de voo das araras, caso elas façam uso da área do empreendimento, o que ainda não foi comprovado;
  • Vale ressaltar, ainda, que não existe informação consistente sobre altura e sazonalidade do voo das araras e nem mesmo informação que indique que a área do empreendimento é ponto de passagem das araras. Temos claro que a localidade é antropizada (fazenda, área particular) e que não possui fragmentos de licurizeiro, portanto, não é uma localidade utilizada pelas araras, até onde sabemos;
  • A Voltalia reforça seu compromisso com o meio ambiente e ressalta que as ações de preservação ambiental das araras não cessam durante a operação do empreendimento. É um trabalho contínuo e de longo prazo, que andará junto com a presença da Voltalia na região. A empresa informa ainda que está aberta ao diálogo para melhorias e propostas na preservação do meio ambiente.

 

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