Ambiente

ABDE anuncia plano para impulsionar desenvolvimento sustentável

Documento terá ações e propostas concretas para contribuir com o cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade composta por bancos de desenvolvimento, cooperativas de crédito e agências de fomento de todo o país, anunciou nesta segunda-feira (18) a elaboração do Plano ABDE 2030, documento com ações e propostas para impulsionar o desenvolvimento sustentável. O anúncio foi feito durante sessão temática realizada no Senado para debater o papel do Sistema Nacional de Fomento (SNF) e as necessidades de financiamento para a saída da pandemia da Covid-19.
O documento elaborado pela ABDE visa contribuir com o cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), traçada pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), e será entregue aos candidatos à presidência e aos governadores, aos órgãos do Governo Federal e aos presidentes da Câmara e do Senado em fevereiro de 2022.
“O Plano ABDE 2030 será apresentado no início do ano que vem e esperamos poder pautar os formuladores de política pública para o próximo ciclo eleitoral. Estamos em contato com vários senadores, no sentido de termos um plano de futuro para o nosso país. É importante pensar no médio e longo prazo”, afirmou o presidente da ABDE, Sergio Gusmão Suchodolski.
Para a produção do plano serão realizados ciclo de webinares sobre os ODS, conversas com pessoas de notório saber que possam contribuir com o debate e uma série de outras ações que contribuirão para a construção do documento. O primeiro workshop acontece no próximo dia 27, e terá como tema “Amazônia: geração de valor na floresta em pé”.

Papel do SNF na retomada da economia pós-pandemia

A sessão temática no Senado debateu a importância do Sistema Nacional de Fomento (SNF) no combate à pandemia e para a recuperação da economia. O presidente da ABDE enfatizou o papel do SNF para as micro, pequenas e médias empresas e para o financiamento aos municípios de todo o país.
Suchodolski explicou que desde o início da pandemia da Covid-19 a carteira de crédito com as MPMEs cresceu 48%, um total de R﹩ 131 bilhões adicionais ao setor. Os segmentos que mais cresceram na carteira do SNF foram as pequenas (74%) e as médias (67%). “Nós vamos do micro até o financiamento das grandes obras de infraestrutura, que ajudam a integrar nosso país, que possui diversidade regional e equivale a um continente pelas suas dimensões”.
O presidente da ABDE destacou ainda que as instituições financeiras de desenvolvimento também atuam efetivamente no financiamento a projetos sustentáveis, inclusive com captação de recursos com organismos multilaterais.
“Nós temos as necessidades de alavancar um volume maior de recursos para transformarmos a matriz enérgica, com a redução de carbono e desmatamento. Para isso temos captado recursos internacionais em grande volume, seja por meio de crédito ou da emissão de títulos sustentáveis”.
Também participaram do debate os presidentes do Banco da Amazônia, Valdecir Tose; e do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa; as presidentes do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Leany Lemos; e da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN-RN), Márcia Maia; e o diretor de Operações da Desenbahia, Paulo Costa.
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