São aproximadamente 11 mil espécies de aves descritas pela ciência. 48% delas apresentam declínio de suas populações, segundo o estudo State of the World’s Birds
Isto significa que mais de 5 mil espécies estão em risco de extinção. O monitoramento indica ainda que 39% delas parecem estáveis e apenas 6% mostram indicativos positivos, com aumento de seus números.
– Alexander Lees, professor sênior da Manchester Metropolitan University no Reino Unido e também pesquisador associado do Cornell Lab of Ornithology.
O maior número de espécies ameaçadas está nos trópicos, justamente as áreas onde a diversidade aviária atinge o pico global.
Além dos trópicos, os cientistas ressaltam que pássaros de regiões montanhosas e de áreas do Ártico têm sido os mais afetados.
A análise feita pelo estudo evidencia que a maioria dos hotspots para espécies de aves ameaçadas está nos Andes, sudeste do Brasil, leste do Himalaia, leste de Madagascar e ilhas do sudeste asiático.
Assim como para outras espécies de animais enfrentando ameaça de extinção, no caso das aves os principais responsáveis pela diminuição em seus números são a degradação de habitats, mas as mudanças climáticas também são citadas.
Para os autores do artigo, as estimativas baseadas nas tendências atuais preveem uma taxa de extinção global seis vezes maior do que aquela a total registrada desde 1500.
– Ken Rosenberg, biólogo, do Cornell Lab of Ornithology.
Os especialistas afirmam que a única maneira de conter o atual cenário é limitar a extração madeireira, controlar incêndios florestais e áreas de agropecuária e recuperar habitats.
*Com informações dos sites da Manchester Metropolitan University, Phys.org e Science Alert