Desde o início do ano 6,7 mil lojas que comercializam esses itens foram abertas no Brasil
– O conceito de mercado de segunda mão modificou-se sensivelmente, sobretudo com a pandemia e a mudança nos hábitos de consumo. O crescimento desse mercado veio acompanhado pela grande oferta de produtos de todos os estilos e valores.
Segundo levantamento do Sebrae, o número de lojas de roupas de segunda mão aumentou. Desde o início do ano, 6,7 mil lojas que comercializam esses itens foram abertas no Brasil. “Diversos modelos de negócios cresceram nos últimos anos, sobretudo com a modificação dos hábitos de consumo, cada vez mais responsável e sustentável. Podemos citar as assinaturas de roupas, a revenda de produtos (resale), os negócios ligados a reparação e ajustes de peças e aluguel de roupas”, explica, Regina Ferreira, coordenadora da Pós-graduação em Fashion Law da Faculdade Santa Marcelina.
A indústria têxtil é o terceiro setor mais poluente do mundo, respondendo por até 5% das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com relatório de 2021 do Fórum Econômico. “Não há dúvidas de que a moda é uma das mais poluentes, sobretudo em razão de uma lógica de linearidade, ou seja, de criação, confecção e distribuição e nenhuma preocupação com a fase de uso e descarte”, disse.
Uma iniciativa dentro desse setor é a moda circular que tem como foco o desenvolvimento de produtos, a partir de um ciclo de vida mais sustentável. A ideia é que as peças não sejam descartadas, mas sim inseridas novamente no processo de uso. O ciclo completo compreenda-se a escolha da matéria-prima a ser utilizada, a busca por processos e recursos de menor impacto, a observação da mão de obra na produção, ou seja, que respeite os direitos trabalhistas e humanos, o design mais sustentável, a melhoria do sistema de logística reversa, a escolha de embalagens que gerem menor impacto ambiental e a reutilização dos produtos.
A professora destaca que o futuro é a moda circular. “Estamos na década da regeneração, não podemos apenas falar da manutenção do quadro atual é preciso ação para regenerar o planeta e a moda circular é uma das ferramentas para a sobrevivência dos negócios da forma mais sustentável possível. Nessa nova era que estamos vivendo de grande participação da sociedade nos negócios, denominada de capitalismo de stakeholders, as empresas devem se preocupar com o todo, ou seja, ser parte da solução e buscar gerar menor impacto em todos os elos da sua cadeia produtiva”, finaliza Regina.
Sobre a Faculdade Santa Marcelina
A Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina — ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica. Desde o início, os princípios de orientação, formação e educação da juventude foram os alicerces do trabalho das Irmãs Marcelinas. Em São Paulo, as unidades de ensino superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera, em 1999. Para os estudantes é oferecida toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento intelectual e social, formando profissionais em cursos de Graduação e Pós-Graduação (Lato Sensu). Na unidade Perdizes os cursos oferecidos são: Música, Licenciatura em Música, Artes Visuais, Licenciatura em Artes Plásticas e Moda. Já na unidade Itaquera são oferecidas graduações em Psicologia, Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Tecnologia em Radiologia, Tecnologia em Estética e Cosmética e Psicologia.
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