Em 2050, a agência de saúde prevê que 115 milhões de pessoas vão sofrer de demência, principalmente em países de baixa ou média renda.
Casos de pessoas que vivem com demência vão dobrar nos próximos 20 anos e triplicar nas próximas quatro décadas, de acordo com novos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Associated Press relata que os cientistas dizem que a maior expectativa de vida e a melhor assistência médica nos países em desenvolvimento vão resultar em um aumento nas taxas de doenças cerebrais, que afetou cerca de 35,6 milhões de pessoas em 2010. Em 2050, a agência de saúde prevê que 115 milhões de pessoas vão sofrer de demência, principalmente em países de baixa ou média renda.
A inclinação íngreme da taxa de demência vai também se revelar um fardo financeiro para as famílias que cuidam de seus familiares afetados. Cerca de US$ 604 bilhões são gastos atualmente em cuidados de saúde e social da demência, que muitas vezes é causada pela doença de Alzheimer.
A agencia de notícias Reuters aponta que o diagnóstico e cuidados com a demência ainda são um problema internacional, mesmo em países de renda mais alta. Até agora, oito países, incluindo Grã-Bretanha e Japão, têm programas nacionais de demência. O programa dos Estados Unidos atualmente funciona por meio de iniciativas estaduais.
“Precisamos aumentar nossa capacidade para detectar a demência precoce e fornecer os cuidados de saúde e sociais necessários. Muito pode ser feito para diminuir a carga da demência”, disse Oleg Cherstnov, diretor-geral assistente da OMS. “Os profissionais da saúde muitas vezes não são adequadamente treinados para reconhecer a doença.”
* Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.